19 - a lamentaçao

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- Eu sei que não é isso o que você quer. – ele me puxou pelo o braço, fazendo meu corpo colar com o dele e o olhar nos olhos, uma das suas mãos foi pra minha cintura e outra pro meu rosto. Não respondi, ele sorriu, e foi se aproximando do meu rosto, como se estivesse pedindo permissão e caso eu não quisesse eu poderia parar a qualquer momento, eu gosto dele, mas a distancia era pro bem de todos, o que eu devo fazer?

Eu sei que poderia me arrepender depois, que talvez sofresse as consequências depois, mas não estava me importando, queria viver esse momento, daria um jeito em tudo depois. Ele selou nossos lábios de forma carinhosa, ele dava um selinho e recuava sorrindo safado, ele realmente estava tentando me provocar? Puxei ele pela a nuca para perto, estávamos próximos, ele sorriu satisfeito, quem jogar Cameron Dallas? Então nós vamos jogar. Deseja aquele beijo, ele pediu passagem e eu cedi, já falei que americanos não beijam com língua se você não tomar iniciativa? Então, eu tomei minha iniciativa, e o beijo ficou intenso, sua mão estava na minha cintura, que colocava pressão contra meu corpo, e a outra entrelaçada nos meus cabelos, uma das minhas mãos estava na sua nuca e outra no seu pescoço, pude sentir volume na sua calça, mas não me incomodei, até porque é um bom sinal, sinal que ele está gostando ao ponto de ficar assim, chega a ser engraçado ao mesmo tempo bom, às vezes eu parava por falta de ar, mas logo ele continuava, é como se estivesse com fome do meu beijo, vocês me entenderam, não é? Uma das suas mãos desceu pra minha coxa e alisou a mesma, aquilo estava ficando sério, melhor pararmos por aqui. Cortei o beijo, ele ia continuar como das outras vezes, mas eu recuei.

- Acho melhor pararmos por aqui. – disse colocando minhas mãos em seu peito e o afastando de mim.

- Você tem razão, acho que eu me animei com a ideia que está só eu e você em quarto se pegando. – ele baixou a cabeça, coçou a nuca, sem graça com a situação. Ficamos em silencio por alguns segundos. – Acho que já deu minha hora. – ele estava indo em direção à porta sem me olhar.

- Cameron, espera... – o que eu estava fazendo? – dorme comigo essa noite. – eu disse sem jeito, ele me lançou um olhar safado, mas não era nada disso que ele estava pensando. – Não é isso que você está pensando... Eu só não quero dormir sozinha... Essa cama é muito grande pra mim. – dei um sorriso fraco, estava de cabeça baixa. Cameron veio sorrindo em minha direção.

- Eu durmo com você, não precisa dar essa desculpa ridícula. – dei um leve tapa nele. – mas com que roupas eu vou dormir? – realmente eu não tinha pensado nisso.

- Eu posso emprestar uma calça moletom pra você. – ele levantou as sobrancelhas, como quem dissesse “Você está falando sério?” – Eles são grandes, não se preocupe. – ele riu. – Eu gosto de conforto, o.k? – ele riu como nunca.

Fui até o closet e ele veio atrás, dei a calça que tem escrito “Brasil” atrás, ele ficou de cueca e eu fui ao banheiro como se não estivesse visto, escovei os dentes, lavei o rosto e voltei. Ele estava no espelho, ajeitando a calça e mostrando um pouco da cueca, ficou bom, nem apertado e nem solto demais, aquilo em mim fica um saco de dormir.

- Ficou bom? – ele deu uma volta e colocou as mãos na cintura fazendo pose, ri fraco.

- Ficou ótimo. – falei observando de perto. – Vai escovar os dentes com a minha escova, o.k? – eu disse, com convicção.

-Sim, senhora. – ele realmente é esse garoto que aparece nos vines.

Aproveitei que ele foi ao banheiro, coloquei um vestido de dormir, não muito curto e um mini short por baixo. Peguei minha bota e jaqueta que estava no chão do quarto e coloquei no cesto de roupa suja. Na gaveta do closet tem a caixa de emergência que trouxe do Brasil que minha tinha preparado estava procurando uma pomada e achei camisinha, minha mãe é muito hilária, peguei uma pomada, passei no braço por causa do roxo, que estava lilás, estava sumindo, era marca de dedos, passei e esperei secar, olhei no espelho e vi Cameron me olhando passar o remédio no braço, sorri sem mostrar os dentes, não quero que ele se sinta culpado.

Uma Comum e o Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora