Uma Comum e o Cameron Dallas

15 - I can't believe

Dei água pra Cameron e logo ele terminou de beber e voltamos, entramos na sala e vi Nash abraçando Bruna como gesto de proteção, e logo Cam olhou pra mim, seu olhar estava com se ele estive me pedindo: "Não briga mais, por favor!", então apenas sorri e ele retribuiu sorrindo de volta.

- Vamos Nash, você vai querer uma carona? - ele perguntou e logo Nash se separou de Bruna.

- Vou sim, eu vim de táxi. - ele abraçou Bruna e veio falar comigo. - Lara, pega leve, foi só um beijo, não fica assim, eu não sou quem você pensa, eu não sou tão ruim quanto você acha.

- Tudo bem, fica calmo. - dei um sorriso fraco e ele olhou pra Cameron, que fez um gesto com o ombro, como se estivesse dizendo: "Eu não sei de nada.", foi engraçado. Logo eles foram embora, Cameron me deu um beijo na bochecha e foi embora junto ao Nash que estava triste, ficando só eu e Bruna.

- Vamos, começa logo o seu sermão. - ela estava sentada no sofá com os braços cruzados e cabeça baixa.

- Eu não vou brigar com você, eu sei que você que você gosta dele, só não quero que você sofra ou algum assim, ele tem fãs, que o amam, que podem odiar você simplesmente pelo o fato de você está ao lado dele, imagina, namorando com o crush delas e isso pode acabar magoando você. - dei um suspiro. - não quero que isso aconteça, então vá com calma.

- Vai ficar tudo bem. - ela me abraçou apertado. - agora me fala como foi seu "encontro". - ela fez o as aspas com o dedo, ri e contei tudo pra ela, tudo inclusive o beijo, eu sei que estava brigando com ela há minutos atrás porque ela tinha beijado o Nash e eu tinha beijado Cam, mas eu não sou de ser levada pela a cabeça dos outros, ela de inicio reclamou, mas depois ficou super animada.

Subi, tomei banho, ainda era 19h00min, estava de toalha ainda quando meu celular tocou, olhei pra tela e era minha mãe, lembrei que tinha se esquecido de retornar as ligações dela, ela talvez fosse reclamar.

Ligação ON

- Oi mãe, desculpa não ter retornado suas ligações, desculpa mesmo. - falei me sentando na cama.

- Tudo bem filha, como foi à viagem? Já conheceu alguém? Já foi na faculdade? - ela disse nervosa, tentando disfarçar, ela estava me escondendo algo, meu 6º sentido está me falando isso.

- A viagem foi ótima, conhecemos sim, fomos na faculdade e já acertamos tudo, estamos esperando uma resposta deles, mas e você e o papai estão bem? Aconteceu alguma coisa? Você está diferente. - falei esperando uma resposta sincera.

- Comigo e com seu pai está tudo bem, mas temos uma péssima noticia pra te contar. - Bruna entrou no quarto, e me perguntou baixo com quem eu estava falando e eu falei que era com minha mãe, pedi pra ela ficar em silencia e coloquei no viva voz.

- Fala mãe, estou ficando preocupada.

- Lara, esperamos que você não fique nervosa, vai ficar tudo bem, não se preocupe. - falou meu pai do outro lado da linha.

- Falem logo o que aconteceu. - falei nervosa.

- O que aconteceu filha, foi que o Pedro, seu ex-namorado, ele voltou do Rio Grande do Norte. - Bruna me olhou. - Ele voltou pro Rio, e ele veio aqui em casa, não sei como, mas ele veio procurar você e está disposto a encontra-la onde você estiver ele falou isso pra nós, então, se alguém aqui do Brasil ligar pra você, não atenda ou fale nada sobre você ou onde você está e você sabe o quanto ele é perigoso pra você e pra quem está ao seu redor, então, por favor, se cuida. - Eu estava em choque, Pedro é meu ex-namorado, nós namoramos por dois anos, mas ele era muito ciumento, eu não podia nem falar com meus amigos da escola que ele brigava comigo, mas no meio desse ano eu resolvi terminar com ele, mas ele não aceitou o termino, em todo lugar que eu ia, pra tentar conversar comigo, mas eu o evitava, ele ia à porta da minha escola, no meu dentista, na minha casa, me mandava flores, me ligava, tive que mudar até de número, mas chegou um tempo em que eu não aguentava mais, então minha mãe foi falar com a mãe dele, e ela não sabia, mas disse que ela estava diferente, irritado, com raiva e quebrava várias coisas do próprio quarto e da casa, e que ela não aguentava mais, então ela resolveu mandar ele para o Rio Grande do Norte, com muito trabalho, mas conseguiram, e lá ele nunca mais me ligou ou me procurou, nunca mais tive sinal dele e nem quis ter, mas também não consegui me envolver com mais ninguém, não ia a festas, nem sai de casa, então os livros foram minha maior companhia.