SURPRESA

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LARA

Depois de duas semanas eu ainda estava aonde devia ficar naquela sala de espera.

Reyna tinha apagado semanas e eu não sabia nada sobre ela fazia tempo.

Não me permitiram ver ela até hoje parece que finalmente Reyna acordou do seu curto coma.

Ela está perdida sem notícias ou explicação.

Minha pele formiga seguro com força o lanche que trouxe pra ela comer deve está faminta.

Sorri com essa ideia ela sempre está.

Ouço passos e me levanto da pequena cadeira o Doutor Douglas anda até mim.

- Ela já pode receber visita?- pergunto seu rosto e juvenil até mesmo infantil mais sua altura não decepcionava.

- Bem ela já está tendo pressão de mais por hoje, mais vou deixar você vê ela por alguns minutos.

- Pressão?- pergunto preocupada.

- Ela tem muitas visitas senhorita- ele avisa antes de caminhar pelo corredor eu o sigo.

Um puxão dentro de mim me tira o ar.

Entro no grande quarto e vejo Reyna sentada em um sofá e muitos a sua volta.

Pressão? Então era isso que o médico estava se referindo.

Quando nossos olhos se cruzam Reyna levanta de pressa do sofá quase caindo ela me abraça fortemente.

Era isso que eu estava sentindo falta seu jeito brincalhão e protetor.

Reyna sempre cuidou de mim como uma irmã mais velha.

- Senti sua falta- ela olha pra mim.

- também- dou um sorriso e mostro a sacola com seu lanche dentro.

Ela molha os lábios e me olha agradecida.

- Eu estou faminta amiga-  ela me puxa direto pra mesinha onde tem aparelhos.

O doutor parece impaciente.

- Doutor faz mal ela comer?- pergunto.

Ele da um sorriso tímido.

- Bem, não é apropriado mais essa vez pode ser.

Sem esperar muito Reyna estava comendo loucamente.

Sinto um aperto dentro de mim me disseram porque ela passou mal.

Eu dei um grande susto em minha amiga, mais agora eu ia cuidar dela.

Puxo ela pra mais um abraço, sinto as pessoas observando a gente de longe aquilo me deixou inquieta.

- Fiquei preocupada - digo.

- Bom... parece que tinha motivo pra isso acontecer- ela olha pro grupo nos observando.

Motivo? Se eu não fosse uma pura louca teria pulado fora na mesma hora.

Duas semanas antes fiquei sabendo de coisas que me fizeram meus olhos se abrirem tudo aquilo que eu pensava que não existia.

Era real.

Eu era real.

Uma lobsome.

Parece ridículo mais nesses dias Max me explicou o motivo da minha existência.

Tudo aquilo era verdadeiro eu sabia a real razão pra estar abandonada naquele orfanato.

Meus pais deviam estar mortos.

Devido a guerra a muito tempo atrás.

Max e eu estivemos próximos e conversando mais quando sua irmã Alana chegou ele meio que se afastou.

Me dizeram que eu tinha que ter respeito pois a garota era uma rainha ou melhor uma Híbrida como Max.

No dia que o garoto se transformou em minha frente eu podia ter morrido de medo e acabado tendo um ataque de pânico.

Aqueles olhos vermelhos  e brilhantes como fogo seus dentes afiados e brancos.

Eu queria ser como ele no fundo.

- Sabe eu tive um sonho - fala Reyna ms tirando dos meus pensamentos.

Reyna tinha uma expressão seria e angustiada.

- O que você sonhou?- perguntei ela me olha como se estivesse pensando em voz alta.

Ela suspira e se encolhe.

- Eu sonhei com minha mãe.

Mãe? Mais ela não está morta? Queria pergunta minha boca não se abriu deixando essas perguntas só pra mim.

- Ela era real pra mim Lara - Ela contou.

" Eu estava amarrada a uma árvore, minha mãe estava voando com duas asas brancas lindas" conta Reyna.

O pessoal veio pra mais perto e ficaram bem perto tentando ouvir a história também.

" Ela tinha uma aura de anjo mais eu continuava amarrada então..." Reyna soluçando pegou minhas mãos.

" Uma escuridão apareceu e arrancou as suas asas ela me fez jurar que eu terminaria o seu trabalho;  minha mãe falou se eu sou herdeira dela e uma guardiã ela me fez jurar proteger.... "

" proteger Alana Handel "

Suas últimas palavras fizeram eu sentir mais um puxão dentro de mim uma dor tão aguda que eu me curvei.

Aaron sentou ao nosso lado.

- Isso faz sentido - ele balançou a cabeça como se lembrasse de algo.

" Anos atrás minha irmã Amélia batizou as suas crianças como uma bênção os guardiões ofereceram proteção eterna a sua geração" conta Aaron.

" mais quando a rainha morreu no meio da guerra os guardiões foram assassinados pois eles não escolheram um lado pra ficar" ele parecia perdido.

" Reyna você pode ser a última guardiã" Aaron falou.

Depois que Reyna nos contou sobre seu sonho e o juramento que foi feito o médico pediu pra nós retirarmos apenas uma pessoa podia ficar; á irmã do Max.

Aquilo me magoou Reyna era minha melhor amiga eu devia ficar com ela.

Estou sentada numa poltrona no fundo da biblioteca já li o mesmo parágrafo três vezes.

Não consigo me concentra.

Ouço a porta de abrir.

- Posso entrar?- pergunta o padre Flávio.

Dessa vez ele não segura uma cruz e nem grita comigo.

- Pode - dou um espaço na poltrona pra ele sentar perto de mim.

- Eu ... eu queria pedir  desculpa - ele fala - na  primeira vez eu fiquei assustado por ver você.

Eu entendia deus motivos  o padre foi o primeiro a ver quem eu realmente era.

- Padre posso fazer uma pergunta?- falo.

Ele me olha como se eu fosse fazer uma confissão de um pecado.

- Claro.

Respiro fundo.

- Por que você falou que era pra eu estar morta ?- pergunto consigo sentir ele tremer.

- Bom... quando eu vi seu reflexo eu entendi tudo - ele comenta.

- O que você entendeu?- pergunto ele levanta e anda até  a porta e se vira pra mim.

- Você e a Rainha - ele disse calmamente.

Fico alguma minutos pensamos sobre suas palavras.

- O que você quer dizer?- minha voz sai aguda e baixa.

- Você e a verdadeira- dizendo isso ele sai sem responder corretamente a minha pergunta.

Verdadeira? O que isso quer dizer?

Duas almas separadas Onde histórias criam vida. Descubra agora