Eu estava tão chateada, que ao andar pelo pátio eu batia o pé com força e resmungava.Como ele pode falar comigo daquela maneira? Por acaso eu tenho culpa? Não eu não tenho culpa de nada.
Mais sua arrogância e de outro nível. Max procura alguém para ser a culpada pela tragédia feita, claro que essa teria de ser eu.
Pois sou a única família que ainda lhe resta. Que saber eu não sou mais.
Nem se quer vou tentar me aproximar. Para mim ele morreu.
Aeg. Que raiva.
Eu podia ter falado umas poucas e boas para ele. Mais apenas fiquei calada.
Ouvindo aquele ser me insultando.
Ai.
Sem perceber dou de cara com alguém. Que segura meus braços para evitar que eu caísse para trás.
- Opa. Devia prestar mais atenção Handel - Alec sorria.
Tentei desviar dele e passar reto, Mais suas mãos ainda estavam no meu braço dificultando a minha saída.
- Não vai se desculpar?- perguntou ele ironicamente.
- Me desculpa. Não tinha visto você no caminho -
O seu sorriso continuava de orelha a orelha. Percebi que seus olhos estavam brilhando, com uma cor selvagem.
Tão intenso como uma brasa que queima no inferno.
- Tenha mais calma da próxima vez. Assim pode derrubar alguém - brincou Alec.
Dei um sorriso meia sem graça e segui minha direção.
Eu ainda não me sentia muito a vontade perto dele. Pois ele me sequestrou e isso tem que ser levado em conta.
Apesar de só querer a minha ajuda.
Mais isso vai ter que esperar. Por enquanto.
Encontrei a Reyna do outro lado do sala principal andando de um lado para o outro. Estava inquieta.
Me aproximei dela, Reyna comia a unhas de nervosismo.
- O que você tem?- pergunto assim que chego até ela.
Seu olhar vai diretamente aos redor. Não tinha ninguém além de nos.
- Ninguém pode saber que vamos sair daqui - Disse Ela.
- Por que não?- pergunto.
- Vamos sair escondidas. Assim vai ser mais legal - Argumentou Reyna.
Dou um sorriso de cumplicidade, Reyna já havia assistido várias vezes filmes de suspense.
E parecia bem animada.
- Você é uma boba mesmo - Digo.
Ao sairmos, escondidas, fechamos a porta da frente e deixamos a do fundo aberta assim ficaria mais fácil para ninguém descobri. E pensar que estamos dormindo.
Levaríamos uma bronca se fomos pegas.
O padre morava um pouco distante do orfanato. Ele era meio receoso ao barulho, então morava em uma casinha pequena perto de um riacho.
No caminho achamos um monte de pedrinhas pequenas que estavam brilhando. Me fazendo lembrar do caminho que fizemos para chegar ao Rio Developer.
Onde eu encontro á minha mãe.
Ah.
Foi tão rápido, mais o suficiente para eu descobrir coisas que estavam na cara o tempo todo.
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Duas almas separadas
Paranormal(Lara Silva) uma menina especial deixada a um orfanato sem explicação, quando irá completar 16 anos coisas estranhas acontecem, segredos obscuros, traição, tragédia, amor, tudo isso ela sentirá, mais como conseguirá resistir a grande tristeza que te...