Acordo com a luz batendo em minha cara um sinal que já amanheceu e eu tinha que levantar da cama.Pego a escova de dente e vou por banheiro, sinto o cheiro do café sendo preparado.
O banheiro está cheio de fumaça alguém deve ter tomado um banho bem quente, escovei os dentes.
Quando desci encontrei os gêmeos jogando vídeo game, as meninas liam revista de fofocas os outros ficavam bocejando e olhando pro nada.
Vou tomar meu café da manhã.
Os pães estavam bons o café um pouco amargo do jeito que eu adoro, o sol já alcançava metade do Jardim.
Meus dezessete estavam chegando e eu continuava naquele orfanato mofando.
Talvez seria assim até ter idade o suficiente pra sair, mais o que me esperava do lado de fora.
As vezes fico imaginando se e tão ruim uma pessoa querer uma família podia ser só uma simples pessoa.
Só uma.
Qualquer coisa que tirasse aquele sentimento de abandonado as lágrimas pressas e enterradas, por muito tempo eu tive esperança de ser adotada.
Mais ninguém nunca gostou de mim.
Sempre falavam que eu era fofa, mais nunca me ofereceram seu lar pra mim viver ou o seu carinho por um simples segundo.
Eu sempre tive que me contentar com o pouco, era o que a vida me oferecia.
- O que uma jovem está fazendo aqui sozinha?- alguém me pergunta me viro e encaro aquele homem, eu gostava dele era gentil.
- Ah oi Aaron - cumprimentei.
Não que eu quisesse conversa minha vida com ele, mais seria bom ter companhia.
- Só estava pensando o que iria fazer fora do orfanato depois dos dezenove anos - confessei.
- Você vai fazer dezenove anos? Nossa você parece nova- ele parecia perdido dei um sorriso.
- Não é isso, eu só estava pensando, ainda tenho dezesseis- expliquei.
- Ah agora fez sentido, mais não é cedo pra fazer ou pensar em algo.
Nunca e cedo pra nada.
- Quando não temos opção sempre e bom ter um plano pra dar certo as coisas - sorri das minhas palavras.
Não gostava de ficar sem saber oque vem por aí.
- Você não tem esperança?- perguntou Aaron.
- O que ?- perguntei.
- Sei lá de ser adotada- Aaron não parecia uma pessoa que iria sorrir dos seus problemas então sussupirei.
- Essa esperança morreu a muitos anos, as vezes acho que a vida pega muito pesado comigo - uma lágrima desce pelo meu rosto.
- Mais você ainda e jovem - argumentou o homem.
- Isso é o que todos dizem sou jovem e já tenho problemas imagina quando estiver mais velha como vai ser - as lágrimas continua.
Ficamos em silêncio por um minuto Aaron coloca a mão no meu ombro.
- E a primeira vez que vejo um adolescente ter tantos sentimentos nas palavras - Ele elogia.
- Sabe quando você não tem ninguém a melhor opção e se virar sozinha e pra isso não pode ser fraco - minha voz sai sufocada.
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Duas almas separadas
Paranormal(Lara Silva) uma menina especial deixada a um orfanato sem explicação, quando irá completar 16 anos coisas estranhas acontecem, segredos obscuros, traição, tragédia, amor, tudo isso ela sentirá, mais como conseguirá resistir a grande tristeza que te...