Velhos amigos

324 30 8
                                    





Pegamos o avião e em duas horas mais o menos estávamos chegando no condomínio que Marina morava. Não foi nenhuma surpresa que encontrei Fernando saindo dele. Como velhos amigos começamos a conversar e falar palavrões que fazia Débora revirar os olhos e tentar tapar os ouvidos de Aninha que balbuciava estendendo os bracinhos para Miguel.

_ Porra!! Te encontro logo aqui! Precisava falar com seu irmão. _ com Aninha nos braços, começa a apresentação _ Quero te apresentar as mulheres da minha vida: Ana, minha filha, Débora, a dona do meu coração.

_ Prazer! _ diz Débora vermelha com o sorriso descarado que o amigo de seu marido lhe dirigia.

"Merda! Que porra foi isso? O cara estava flertando comigo abertamente?"

Miguel ver meu desconforto e dá um murro do ombro do seu amigo.

_ Porra Miguel!! Por que fez isso?

_ Isso, _ aponta o dedo na cara de Fernando _ é por flertar com minha mulher na minha cara!

Fernando depois da carranca, começou a dá altas gargalhadas, chamando a atenção de um grupo de jovens mulheres que entravam no condomínio.

Miguel e Débora revira os olhos, se despedem e entram, deixando Fernando para trás com olhar sombrio em seu rosto.

Fernando via o casal feliz ir embora. Sentiu o peito oprimido de tristeza. Em um época sua vida era muito feliz até que um desgraçado tirou sua razão de viver. Por coincidência ela também se chamava Débora e tinha uma filha também, linda. Sua namorada era a pessoa mais adorável do mundo. Fazia uns meses que saiam juntos e num encontro que marcaram, ela foi morta junto com a filha em um assalto. Nessa noite eu iria pedi-la em casamento, mas o destino que é uma cadela, me tirou o mundo que eu estava construindo. Desse momento em diante, não houve mais mulher em minha vida mais que uma semana, até que duas mulheres misteriosas surgiram do nada em minha vida e uma delas fez meu coração saltar para fora do meu peito de tanto que bateu descontrolado. Sei que sou um cachorro como minha mãe sempre dizia, mas essa mulher tem povoados todos os meus sonhos, muitas vezes bem quentes que me fazia gozar com a intensidades deles. Sei que os homens da minha família eram bonitos, como diziam as mulheres, muitas faziam loucuras só para ter nossa atenção. Poucas conseguiam nosso coração. Meu pai e minha mãe iriam completar quarenta e cinco anos de casados e eu nunca presenciei uma briga se quer deles. Continuavam apaixonados como no início de seu casamento. Ele ficava longe dela por segurança, não queria que outro atendado voltasse a acontecer e perdê-la não era uma poção.

Fernando remoía esses pensamento e não percebeu um carro vermelho com vidros bem escuros observar o movimento de entra e sai do condomínio.


Eu estava sentado em frente à casa de minha mãe quando vi a pessoa menos improvável aparecer em meu campo de visão: Miguel juntamente com uma bela mulher e ele ainda carregava sorridente uma criança nos braços.

"O que ele está fazendo aqui? _ me perguntava ao vê-lo dirigir-se a casa das vizinhas."

Vi quando Flávia ou Marina pulava de felicidade em seu pescoço e depois quase derrubar a mulher que o acompanhava. Eu a vi arrastar os dois para dentro da casa e momentos depois portas, janelas e cortinas foram fechas. Nada se via nada lá dentro.

Eu estava feliz da vida por Miguel, Débora e Aninha estarem aqui. Quase derrubei minha amiga de tanta saudade que eu sentia dela. Mônica foi arrastada por Miguel a um canto e repassou tudo o que havia acontecido nesses dias. Enquanto isso, eu e Débora babávamos no meu filho. Ele era tão lindo e perfeito! Passamos horas conversando e já estava na hora do jantar quando ouvi alguém bater na porta:

Apareceu aquele Deus grego, tesão da minha nova existência de short branco e camisa polo preta com os cabelos em desalinhos, sorrindo maravilhosamente perfeito de lado. Me perdi naquele sorriso.

"Merda total! O que há comigo? Acho que são meus hormônios! Caralho! Mal meu corpo mal se recuperou do parto e já quero ter esse homem enfiado entre minhas pernas, me devorando, me chupando!"

Senti minha calcinha encharcar. Merda! Merda! Até onde eu vou aguentar ter esse homem por perto sem que queira pular em seu pescoço?

Mônica deu passagem para que ele entrasse e ele veio até mim e me encarava com olhos famintos. Senti minha calcinha alagar de novo.

Débora apenas ofegava e olhava a cena a sua frente. Num dado momento gargalhou, nos tirando do transe. Fiquei vermelha de vergonha e de encara-lo novamente. Senti sua mão em meu queixo, erguendo-o para que eu voltasse a encará-lo.

_ Você aqui?!!

Com esse grito dado por Miguel, quebramos o encantamento que nos cercava e Diego encara meu amigo com um sorriso rosto.

Ambos se abraçaram e começaram a cochichar. Não demos muita atenção a eles, estávamos fofocando e falando da vida de quem deixei para trás.

Miguel e Diego saem e duas horas depois aparece com seus primos e enche nossa sala de piadas e caixas e mais caixas de cervejas. Fernando chega um tempo depois e dá aquele sorriso safado dirigido a Mônica que tenta ignorá-lo, sem sucesso.

Eu nunca vi minha casa encher com tanto homens bonitos. Fiquei perdida assim como minhas amigas. A mãe de Diego e Fernando aparece mais parecendo um general, furiosa e coloca todos para correr. Miguel ganha uma abraço da senhora que a beija diversas vezes na bochecha.

Foi muito bom eu ter encontrado com Diego aqui. Percebi que fui seguido e que um carro estava vigiando a entrada do condomínio. Arrastei Diego para um lugar sossegado e deixei-o a par de tudo. Ele chamou o irmão e os primos e decidiram retirar sua família ainda hoje daqui. As mulheres e crianças seriam as primeiras. Eu teria que ter a coragem para falar para a Mônica, Marina e Débora a verdade e planejar o modo de pegar esse desgraçado.

Marina quis arrancar minhas bolas juntamente com Mônica, Débora só ria indulgente. Depois de um bom tempo, de muita conversa, consegui que ela entregasse o bebê a Débora que sairia juntamente com a família de Diego para um lugar seguro. Ficaria a Marina como uma isca, eu, Diego, o Irmão e os primos. Alertamos a polícia para uma provável invasão que nos mandou cinquenta homens disfarçados como moradores. Duas horas depois, Mônica, Marina se trancaram no quarto, enquanto Diego e eu planejávamos o que faríamos quando a casa fosse invadida.

Eu estava muito preocupada com Marina. Não posso negar que Fernando mexe comigo, mas agora eu estava trabalhando e protegendo uma pessoas que se tornou uma verdadeira amiga. Ela sente a falta do filho assim como eu. Me apaguei aquele pequeno ser com todo meu coração. Ele tinha esse efeito sobre todas as mulheres. Com certeza quando crescesse seria um destruidor de corações, assim como seu pai biológico.

Hoje seria dado um ponto final a tudo isso. Vou dormir um pouco, enquanto os homens acampam na sala de estar, se armando até os dentes. Hora ou outra escuto uma arma se engatilhada, palavrões a torto e a direito. Uma batida suave na porta e ela é aberta, dando passagem a Fernando que me encara. Sou puxado para seus braços e ele me beija violentamente, fazendo-me sentir sua ereção em minha barriga. Senti meus dedos dos pés encurvarem com tamanha sensação. Do mesmo jeito que começou o beijo, parou. Ele ainda me olha por um tempo e vai embora, me entrega uma arma semi- automática, trancando a porta, me deixando com a calcinha molhada de tesão.

Quando o Amor Bate à Sua PortaOnde histórias criam vida. Descubra agora