Capitulo Bônus 4

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Sou Paulo Figueiredo Rezende, primo em terceiro grau de Carlos, o homem que eu ajudei a ferrar por engano, não só ele, outra pessoa também. Sim, você leu muito bem! Maurício, aquele filho de uma cadela soube como me engabelar direitinho. Hoje sofro com a consciência pesada e não há nada que eu possa fazer para sanar esse problema que só aumenta a cada dia. Descobrir que o homem que eu admirava foi capaz de atos tão grotesco que me deixou arrasado, sem chão. Não tem aquele ditado que diz quem ver cara, não ver coração? Pois bem, esse ditado vem bem a calhar na situação que me encontro hoje. Minha mãe e meu pai tentaram de todas as formas mudar o que eu estou sentindo, tudo vão. Pense num lixo que me tornei por ajudar uma pessoa sem caráter e ambiciosa! Nada do que eu fizer daqui para frente vai mudar a forma de pensar em mim mesmo.

Eu destruí uma pessoa inocente, com mentiras que eu pensava que eram verdades, acabei literalmente com a vida dessa pessoa. Pensava sinceramente que ajudava meu primo a se livrar de uma vigarista, ambiciosa que estava atrás do dinheiro dele. Meu Deus! Que dor eu sinto em meu coração ao lembrar de tudo o que passou naquele dia. Vi com horror e pesar a maneira de como Marina foi tratada e arrastada por um Carlos furioso da sala. Escutei seus gritos de dor quando Carlos a ofendeu e a estuprou. Quando ela falou que estava grávida meu mundo se partiu em vários pedaços pela maneira fria que foi tratada. Me escondi em um canto da parede, sem que ninguém pudesse ver e de primeira mão assisti ela ser abordada por outro homem e Carlos dá carta branca para que ela fosse estuprada por ele. Esbravejei com Maurício que apenas riu da minha cara. Decidi juntar provas contra todos e cortar laços com essa família de que envergonho horrores e me deixou me sentindo alguém que não valia o que comia. Quando a bomba finalmente estourou, juntei as provas que eu coletava secretamente e entreguei a um delegado que eu conhecia só de vista, Miguel que mais tarde descobri que era amigo de longa data de Marina. Pedi que meu nome não fosse citado e quando fui depor falei a verdade de que fui enganado por Maurício a juntar provas forjadas sobre Marina. Sai livre dessa, mas meu coração e minha mente me diziam coisas totalmente diferentes.

Fui obrigada pela minha família a visitar um psicólogo e faz quase um ano que estou em tratamento por causa da depressão que me assola. Tenho nojo de mim mesmo...

Hoje é dia de consulta, estou melhor do que eu estava antes e minha mãe me acompanha, grudada em meu braço para que eu não faça besteira. Sorrio agradecido quando olho seu semblante preocupado e ao mesmo tempo sereno. Eu gostaria do fundo da minha alma, que um dia Marina pudesse me perdoar por não defender sua honra,quando ela foi acusada de coisas que nunca fez. Sinceramente, um dia eu a irei procurar e pedir de joelhos seu perdão e assim me sentir menos lixo... 



Pois é, o nosso pior inimigo mora dentro de cada um de nós! Paulo aprendeu, sofrendo e tendo a própria "carne" cortada, o tão ruim não está em paz com a  consciência.

Votem e comentem pessoal!  Quero ver a opinião de cada um de vocês! Beijos amorecos!     

Quando o Amor Bate à Sua PortaOnde histórias criam vida. Descubra agora