Capítulo 20

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– Oi meu pequeno o que aconteceu? – Harry entrou no provador depois da demora e perguntou alisando os fios do menor.

– Só veio tudo a mente. Hazzie não é fácil dizer para outras pessoas além de você sobre tudo que passei, mesmo que o Hood seja um bom psicólogo. – Explicou sentindo o bolo formar em sua garganta, mas tratou de balançar a cabeça afastando os pensamentos.

         Deu um selinho do namorado e saiu do provador indo até algumas araras de roupas sendo seguido por aquele.

– Agora o que acha dessa camiseta? – Harry questionou querendo mudar o foco do seu parceiro e parecia que havia feito uma boa escolha.

– Sério Harry? – Louis perguntou olhando para a camisa e riu.

– É fofa. A sua cara. 

– Meu cu é fofo

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– Meu cu é fofo. – Louis reclamou daquilo.

– Só acredito vendo. – O cacheado brincou após notar que estavam sozinhos naquela área.

– Harry! 

– Lou!

– Vamos, já chega de roupas.

– Ok. – Harry falou fazendo um beicinho que Louis puxou.

   Foram até o balcão e o mais velho pagou as peças. Depois dirigiram-se até o carro de Harry e foram para casa.

– Hazz. – Louis chamou baixinho.

– Oi baby – Harry respondeu deixando de prestar atenção na TV ligada.

– Eu queria te pedir uma coisa.

– O que você quiser.

– Se não quiser fazer tudo bem.

– Peça, se estiver ao meu alcance eu farei. – O Styles falou curioso.

– Eu queria que ir à pracinha que tem aqui perto. Vi quando passamos de carro. – Pediu com certo receio do outro achar que era uma idiotice.

– Isso?

– Sabia que era besteira. Deixa para lá. – Louis comentou fingindo focar na TV.

– Não Lou, vamos sim. Só pensei que iria pedir alguma outra coisa mais difícil, não algo tão simples. Vamos sim. – Harry falou desligando a TV, em seguida pegou as chaves, sua carteira e celular.

  Logo os dois estavam andando lado a lado com as mãos dadas indo para a praça.

– Faz tempo que não venho a um lugar assim.

– Uma praça?

– Sim, faz anos que não me sinto livre, anos que não vejo a sociedade em geral.

– Como? – Harry indagou sem entender.

– Ficávamos presos. Raramente podíamos sair.

– Sinto muito Lou, nunca mais irá passar por isso. É uma promessa.

     Chegaram à praça e sentaram em um banco, Louis na verdade se deitou com a cabeça sobre o colo de Harry.

– Você é tão lindo. – Harry falou olhando para o menor.

  Não demorou para que ele erguesse sua mão e mexesse na franja de Louis, que sempre estava em um único lado.

– Você mais ainda. – Louis respondeu sorrindo doce.

– Seria errado se eu te beijasse agora?

– Nunca será errado.

   Os dois trocaram um selinho e passaram a avaliar o movimento. Algumas crianças chegavam no ambiente e logo começavam a correr por todos os lados, brincando umas com as outras, marcando um contraste com a atualidade onde crianças permanecem em frente à televisores com seu jogos, tablets e celulares.

    Louis estava observando quando sentiu algo molhado pingar eu seu rosto, quando olhou para cima viu Harry tentando esconder as lágrimas. Logo se sentou e apenas abraçou o maior.

– Quando eu escolhi aquela casa... Eu sonhava em ter meus filhos... E trazer eles para brincarem aqui. Eu, meu companheiro, nossos filhos e um cachorro... aquele desgraçado tirou isso de mim.

    Louis ergueu suas mãos e pousou-as nas bochechas do Styles, com seus polegares removeu as lágrimas e deixou um suave beijo sobre os olhos do homem triste.

– Ele perdeu uma pessoa incrível, mas eu não sou burro de perder você. Não posso te prometer um futuro Harry, mas posso te dar o meu presente. Eu estou perdidamente apaixonado por você Styles e não vou te deixar a menos que você peça.

– Então se prepare para passar o resto da sua vida ao meu lado.

– Mas para isso Styles, você tem que pegar primeiro. – Louis disse com um sorriso sapeca e saiu correndo.

        Harry balançou a cabeça e abriu um sorriso com direito a covinhas antes de se levantar e correr atrás do menor. Nem um minuto depois e Louis estava nos braços do maior.

– Lou, eu sou...era um policial.

– Ui Capitão. Sexy.

– Vamos para casa está ficando tarde.

– Só se você me levar de cavalinho meu servo.

– Ok. Sorte que você é leve.

– Relaxa, se ficar com dor eu te faço uma massagem.

   Harry colocou o garoto em seus costas, segurou as pernas do mesmo, enquanto Louis circulava seu pescoço  e saiu andando com o mesmo caminho a fora pouco se importando com os olhares alheios.

Dogs & Cops (Larry)Onde histórias criam vida. Descubra agora