Capítulo 5

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– Como ele está? – Harry perguntou olhando o menino pela porta.

– Agora ele está bem, o problema é o psicológico dele. Ele se recusa a falar com qualquer psicólogo e psiquiatra que chega até ele. Na verdade ele não fala com ninguém além do necessário. – A enfermeira respondeu olhando para o mesmo ponto que o visitante.

– E a família dele? – Harry questionou e a mulher o olhou.

– Você não soube? Assim que descobrimos o nome dele veio a tona o que aconteceu.

– Não, não sei.

" Se soubesse não estaria perguntando" Pensou se segurando para não ser sem educação.

– A família foi assassinada, os pais e irmãs, Louis tentou escapar e eles massacraram a família dele enfrente a seus olhos. Foi o famoso caso da família Deakin.

– Mas ele não é um Tomlinson?

– A mãe se casou novamente e mudou de sobrenome. Isso é tudo que sabemos.

– Então ele não tem ninguém?

– Infelizmente. Assim que sair daqui ele não terá para onde ir, é uma pena. Preciso ir, estão me bipando. – Ela disse e se retirou.

     Harry ficou olhando o garoto deitado na cama e se dirigiu até a cadeira de acompanhantes, sentou-se e ficou a analisar o garoto. Ele era delicado, o nariz era fofo, o cabelo rebelde, a boca entreaberta, o rosto tinha alguns machucados, mas ainda sim era lindo.

"Foco Harry! Não pense besteiras. Você vai sofrer e machucar alguém"

– Não deve ter mais do que 25 anos. – Harry falou para si mesmo.

– Tenho 30. Olá Harry. – Louis disse abrindo os olhos de uma vez assustando o maior.

– Ahn...oi Louis. Faz tempo que está acordado? – Harry perguntou envergonhado por ter sido pego no flagra.

– Não, acabei de acordar e você faz tempo que está aí?

– Não, acabei de chegar.

– Tudo bem? Parece abatido.

– Vai ficar tudo bem, mas e você?

– Bem ainda estou nesse hospital e nada de comida de verdade, além dessas costelas partidas e doloridas, ossos que eu nem sabia que existiam estão causando dor, mas estou ótimo.

– Está tudo uma droga, mas está tudo bem. – Harry ironizou sentando-se na cadeira azul ao lado da cama. – Louis por que você conversa comigo, mas não fala com os outros?

– Se refere aos psiquiatras e psicólogos?

– Também.

– Por que ninguém liga, não vai mudar nada. Agora me diga, o que traz o nobre cavalheiro até aqui? – Louis perguntou sorrindo e Harry sorriu também ao notar que é verdadeiro.

– Meus pés. – Harry brincou apontando para eles.

– Quem garante?

– Eu mesmo, vim para ver como você está.

– Hmm, por quê?

– O quê?

– Por que está aqui?

– Porque eu tenho que estar aqui.

– Não, você não tem que estar aqui. Sua missão acabou no momento que me tirou de lá, aliás muito obrigado Harry. Sem mentir para mim, por que está aqui?

– Porque talvez eu queria te ver de novo. – Respondeu depois de um bom tempo em silêncio.

Dogs & Cops (Larry)Onde histórias criam vida. Descubra agora