Prólogo

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- Seja bem-vinda a sua nova casa, Anastasia

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- Seja bem-vinda a sua nova casa, Anastasia.  - Katherine Kavanagh disse girando a maçaneta de uma porta vermelha que dava entrada para o apartamento onde ela morava há quatro anos e que a partir daquele exato momento, seria a nova morada da jovem Ana, sua amiga da época escolar.
- Muito obrigada Kate! - Anastasia, uma jovem de vinte e cinco anos agradeceu, entrando no local e olhando ao seu redor.
O apê era grande, colorido, arrumado e aconchegante. - Mas saiba que não pretendo ficar muito tempo aqui incomodando vocês, assim que conseguir juntar uma boa grana pretendo alugar um flat pra mim. - Avisou colocando suas duas malas no chão.
- Fique o tempo que precisar, Aninha. - A loira de olhos claros que trabalhava como cardiologista em um dos melhores hospitais de Nova Orleans, disse simpática. - E você não vai incomodar coisa nenhuma, Leila e eu vamos adorar dividir nossa casinha contigo. - Sentou-se no sofá com as pernas cruzadas.
- Estou tão feliz Kate. - Ana sentou-se no outro sofá com os olhos brilhando. - Consegui minha residência em pediatria no melhor hospital de Nova Orleans e ainda por cima um apê perto do meu trabalho, que vai facilitar e muito as coisas pra mim.

- Vai mesmo, não é fácil conseguir casa nos arredores da nossa clínica aliás, nesse prédio está cheio de gente do hospital, então com certeza você vai encontrar muito dos nossos colegas pelos corredores e elevadores afora

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- Vai mesmo, não é fácil conseguir casa nos arredores da nossa clínica aliás, nesse prédio está cheio de gente do hospital, então com certeza você vai encontrar muito dos nossos colegas pelos corredores e elevadores afora.
- Ótimo, assim faço amizades mais rapidamente. - Disse sorrindo. - E a Leila? Onde está?
- Provavelmente no hospital, a Lê não sai de lá. - Kate se levantou e ajudou a morena a colocar uma das malas sob o sofá. - Ah, deixa eu te adiantar, Leila sofre de TOC então costuma ser bem chata com essa coisa de sujeira, bagunça e afins.
- Não tem problema, costumo ser bem organizada também. - Ana afirmou curvando-se e abrindo sua mala de onde tirou alguns bichos de pelúcia.
- Quantos anos você tem? Cinco? - Kate zombou pegando um dos ursos na mão. - Um diário? - Pegou um caderninho rosa. - Vejo que continua tão romântica quanto era na escola, por isso os garotos te zoavam tanto.
- Ta, mas nunca me importei e você sabe disso. - Ana deu de ombros. - Gosto dessas coisas fofas, me faz bem.
- Mas você já é uma mulher, não dá mais pra pensae esse tipo de coisa boba. - Katherine fez uma careta, voltando a se sentar. - Vamos desfazer essas malas só amanhã, daqui a pouco você tem que se arrumar.
- Para quê? - Anastasia indagou com as sobrancelhas franzidas.
- Para comemorar sua residência criatura! - Kate gargalhou. - Vamos até a boate onde seu irmão trabalha e vamos dançar e beber como se não houvesse amanhã. - Falou toda animadinha.
- Mas o amanhã existe, inclusive começo meu emprego nele. - Lembrou-a lhe dando uma cotovelada. - Mas vou sim, até porque tô com muita saudade do meu maninho.
- Certo, então vamos arrumar uma roupa boa pra você, mas nada desses vestidos de aborrecente mimada e romântica, você vai colocar uma roupa bem sexy minha pra ficar bem gostosa pra quem sabe, arrumar um gatinho hoje, venha! - Kate pediu puxando a amiga pela mão e indo até o quarto dela.
[...]
- Essa não sou eu. - Ana reclamou se olhando no espelho e notando que o vestido que usava era muito curto e decotado.
- É você sim e ta tão gostosa que dá vontade de virar lésbica só pra te pegar. - Kate brincou arrancando uma risada da menina. - Quem sabe hoje mesmo você já não pega uns carinhas?
- Uns carinhas? - Ana lhe olhou chocada. - Não sou de ficar com vários garotos, aliás você sabe que ainda sou...
- Virgem? - Katherine riu. - Quem sabe não mudamos essa sua condição hoje, não é mesmo?!
~*~
- E então senhorita Madeleine, qual seu problema? - Christian Grey, ginecologista do hospital principal de Nova Orleans perguntou para uma de suas pacientes.
- Minha queixa, doutor? - A negra de olhos cor de mel perguntou fazendo biquinho e se levantando da cadeira. - É que estou com saudade de um médico gostoso que transou comigo naquela maca outro dia, sabe? - Respondeu apontando para a maca.
- Ah... - Grey mordeu os lábios. - Só que aquele médico gostoso não costuma repetir o mesmo ato com a mesma mulher mais de uma vez.
- Não mesmo? - Ela perguntou tirando a blusa e deixando seu sutiã a mostra.
- Sim, afinal, não quero lhe causar falsas esperanças, especialmente se forem românticas. - Levantou-se de sua poltrona e foi até a mulher. - Se bem que acho que posso abrir uma excessão no teu caso. - Falou a puxando para si e lhe beijando com desejo quando Elliot, seu irmão mais velho, adentrou sua sala. - Mas que merda, Elliot! - Grey resmungou enquanto sua paciente vestia rapidamente a blusa.
- Pô, não sabia que você estava ocupado. - O loiro respondeu segurando o riso.
- Er... Com licença, doutor Grey. -Madeleine disse envergonhada, saindo da sala do rapaz.
- Parabéns por ter estragado minha transa do dia, Lelliot. - Christian ironizou batendo palmas e revirando os olhos.
- A noite você tira o atraso na boate, que tal?
- É uma ótima ideia. - O moreno disse sorrindo maliciosamente.
Christian Grey era um rapaz de trinta anos que trabalhava como ginecologista naquela clínica há três anos ao lado de seu irmão, que era neurologista. Ambos eram muito mulherengos e tinham muitas coisas em comum, entre elas o fato de não acreditarem no amor.
- Só não encha a cara porque temos que trabalhar amanhã cedo. - Christian alertou o irmão que baladeiro, costumava beber até cair.
- Você tem, eu só vou ter plantão amanhã a noite então poderei me divertir sim. - Avisou todo animadinho para o irmão caçula. ~*~
[...]
Já era noite e Anastasia acabara de adentrar na boate acompanhada de Kate que logo se afastou dela para conversar com um belo rapaz que estava flertando com ela.
Ana caminhou lentamente pela pista de dança, se incomodando um pouco com a música alta e reparando nas pessoas ao seu redor. A maioria estava se beijando e agarrando-se sem o menor pudor, o que deixou a morena com as bochechas coradas.
- Maninha? - Um loiro de olhos claros disse abraçando a mulher e lhe enchendo de beijos carinhosos.
- Jack, meu lindo, que saudades. - Ana fechou os olhos e o abraçou forte, para matar as saudades.
Jack Steele era o irmão mais velho da morena que trabalhava como gerente na casa noturna. Ambos sempre foram unidos, mesmo quando há oito anos Jack se assumiu homossexual, chocando sua família que cortara relações com ele, mas sua irmã caçula sempre esteve ao seu lado, lhe apoiando nos momentos mais difíceis.
- Como você está linda. - Jack a elogiou acariciando seu rosto delicado.
- Obrigada, você também está muito lindo com essa barba. - Ana riu.
- E o papai e a mamãe? - O loiro indagou desviando o olhar.
- Estão bem. Poxa maninho, não queria que as coisas fossem assim, queria tanto que você se reconciliasse com nossos pais. - Segurou as mãos dele.
- Também queria, mas não tenho culpa se eles não conseguem me aceitar como sou, mas deixa pra lá. Estou muito feliz que tenha vindo morar aqui perto, vai ser muito bom poder conversar contigo pessoalmente e não só através de mensagens.
- Vai mesmo, Jack. - Ana o abraçou novamente.
- Bom, tenho que trabalhar. Fique a vontade certo? - Ela assentiu com a cabeça. - E divirta-se!!
[...]
- Quer Aninha? - Kate perguntou ofereçendo uma taça para a amiga que estava sentada no balcão observando as pessoas ao seu redor.
- Você sabe que não bebo, Kate.
- É um coquetel de frutas, zero alcool e bem docinho. Experimenta, para de frescura. - A loira insistiu.
- Ta bom. - Anastasia concordou bebericando um pouco. - Hum, é uma delícia. - Bebeu um pouco mais e olhou para Kate que trocava olhares com um ruivo de olhos verdes que estava na pista de dança. - Não acredito que vai ficar com esse cara Kate, você acabou de ficar com outro agora pouco.
- Pode acreditar pois vou sim! Beijinhos! - A loira disse saindo de perto de Ana.
- Céus... - Ana murmurou chocada vendo Kate se agarrar com o rapaz.
Envergonhada, a morena voltou a prestar atenção em outras pessoas, mas ao se deparar com um belíssimo moreno de olhos cinzas, mordeu os lábios imediatamente.
O rapaz estava com uma taça de uísque nas mãos e tinha três ou quatro mulheres ao seu redor, possivelmente dando em cima dele. Ele gargalhava com elas, chegando a pegar na cintura de uma, mas não beijou nenhuma, o que fez a morena continuar lhe observando quando de repente ele pegou na mão de duas mulheres e sumiu das vistas de Ana, que se decepcionou ao entender que ele realmente era um galinha.
A médica resolveu olhar para a direita e viu Katherine beijando outro rapaz, dessa vez um loirinho.

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