Eu estava irritada, muito mesmo ele se acha o dono do mundo só está fazendo meu humor piorar em mil por cento.
Me irritar nunca é uma boa ideia, neném!
—Ei, princesinha, eu não sou seu empregado! -O garoto disse altamente irritado.
Ele me chamou de... ? Ah, meu amor, agora sai de baixo.
Eu odeio deboche!
—Um filhinho de papai como você sendo meu empregado? -Indaguei retoricamente com o cinismo escorrendo em minha voz. -É pra rir, não é? - Eu ri irônica e sem humor. — Só se for de um cachorrinho de madame... um pinche, quem sabe ? -Irônia.
—Você me chamou de quê? Eu só não quebro esse seu rostinho bonito porque sou um homem de verdade e não bateria em uma mulher, ou no seu caso, numa vagabunda. - disse ironicamente, aproximando-se ameaçadoramente de mim.
Senti todos os pelos do meu corpo se eriçarem com sua proximidade e dei um passo para traz, confusa.
Que droga eu estou fazendo?
"Vagabunda"
Suas palavras rondaram novamente minha cabeça e longe do seu corpo eu consegui ferver de raiva e senti um calor nada parecido com o anterior dominar meu corpo.
Eu estava fervendo de raiva e faria ele se arrepender de ter sido fecundado.
—Você me chamou de quê? - perguntei com um tom baixo e controlado, torcendo para parecer ameaçadora.
Ele me olhou irônico.
—Além de tudo é surda? - indagou debochado.
Meu corpo esquentou ao máximo, eu estava prestes a explodir de raiva e me encontrava em um estado tão grande de chateação que não liguei para a proximidade entre nós.
—Você é um imbecil, o maior deles! - gesticulei com as mãos.— Um vagabundo miserável e odiável! - berrei tão alto que quase todos olharam para nós.
Antes mesmo que eu percebesse suas mãos seguraram firmemente meu braço e começaram a puxar-me para fora.
—Me solta, seu idiota! Mauricinho miserável! - ele continuou me puxando mais rápido.
Me debati tentando me soltar dele, mas ele era inegavelmente mais forte que eu.
—Está fincando maluca? - indagou soltando as minhas malas e as dele que estava segurando com a outra mão. —Além de ignorante tem que ser escandalosa também? - puxou-me pelo outro braço, forçando-me a olhá-lo.
Meu corpo inteiro tremeu e minha respiração ficou desregulada e pesada.
—Me solta! - pedi um pouco mais baixo. - E além de me insultar está pensando em me sequestrar? Seu ridículo, infeliz! - falei tentando controlar a minha respiração desregulada.
Ele sorriu, parecendo perceber o efeito que tinha sobre mim.
_Droga! Corpo maldito que só me trai!
_— Eu não irei te soltar enquanto não ficar mais calma. — disse me puxando para mais perto.
Minha respiração ficou mais rápida, meu coração acelerado e meu peito subia e descia com rapidez.
Seus olhos analisaram meu rosto com calma e em meu estômago uma escola de samba pareceu surgir de repente.
Eu já disse que eu meu corpo é um traidor infeliz?
— Desculpe, — uma senhora de curtos cabelos grisalhos aproximou-se de nós e eu quase ajoelhei-me em seus pés em gratidão. — Não pude notar que o casal está tendo uma discursão. — ela sorriu e eu arregalei meus olhos. — Eu indico o Yoga, é muito bom para acalmar, principalmente casal jovens como vocês. — ela disse com boa vontade e antes de abrir a boca novamente foi interrompida pela voz grave que arrepiou todos os meus pelos novamente e fez meu estômago se contrair.
Eu odeio meu corpo!
— Não somos um casal! — disse rispidamente e soltou meus cotovelos, me deixando finalmente respirar aliviada.
O vento frio me acertou em cheio e eu inconscientemente senti falta do calor do seu corpo.
Oh, cale a boca seu maldito corpo que não pode ver um homem bonito!
— Oh, como não? Vocês têm uma conexão clara, uma... como vocês dizem hoje em dia? Uma química! — ela sorrir com amabilidade.
Alguém dá um óculos para essa mulher por favor? Ela está precisando! Fugiu do hospício, só pode!
— A senhora está enganada, nós nos conhecemos agora, apenas tivemos um pequeno desentendimento! — respondeu prontamente.
Pequeno desentendimento? Eu quis lhe matar e enfiar debaixo da terra!
Lembrei-me o motivo de está em toda essa confusão e quis matar meu pai, mais do que antes. Ele é um irresponsável! Provavelmente está dormindo lindamente ao lado da sua Barbie enquanto eu estou morrendo de frio com um miserável mimado e uma velha louca que por sinal encrencou que nós namorávamos.
Olhei para o lado desconcertada com toda aquela situação e com ódio de mim mesma por está novamente vulnerável. Eu acabei de chegar e o azar já está ao meu lado.
Meus olhos encontram dois carros pretos que pareciam ser altamente caros entravam em minha linha de visão. Eu pisquei algumas vezes ao conseguir ver meu pai além do vidro do carro.
Meu pai encostou o carro ao meu lado e com um sorriso forçado desceu, olhando-me um tanto bravo.
— Você estava aqui, querida! Procurei você em todo lugar! — seu sorriso falso fez meus olhos transformarem-se em chamas.
— Sebastian!
Meu pai desviou seu olhar de mim por alguns segundos e um sorriso formou-se em seu lábios.
— Que bom que já se conheceram! — meu pai constata animado enquanto o homem aproxima-se para abraçar o filho. — Sebastian é filho de um dos meus amigos mais próximos! E eu realmente fico muito feliz que tenham tornado-se amigos também.
Meu queixo dançou um funk no chão e todo o meu corpo entrou em alerta com aquela frase.
— Amigos? — Sebastian parecia tão surpreso quanto eu, intercalando o olhar do meu pai para o seu.
— Hum... — início desconcertada, mas precisava acabar com aquilo e ir de uma vez para... bom, para onde eu moraria daqui em diante. — Fico realmente muito contente em podermos nos vermos outras vezes, Sebastian. — menti descaradamente. — Mas agora eu e meu... hum... -pai- precisamos ir agora. — sorri tão falsa quanto os cabelos da Barbie que estava casada com meu pai.
— Oh, claro, devem estar cansados. — o pai de Sebastian sorri educado e eu me perguntei como ele poderia ter participado da criação daquele demônio.
Meu pai pegou minha mala e antes de entrar no carro meu olhar cruzou-se com o de Sebastian e senti meu estômago ser esmagado por um frio estranho.
Pare de sentir isso!
Desviei meu olhar com rapidez e fechei a porta do carro, encostando minha cabeça nela e fechando os olhos.
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Olá!
Tudo bem, amores?
Perdão pelos palavrões( foi necessário utilizá-los).Não vai se esquecendo de deixar sua (🌟) e comentar o que acharam do capitolo.
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A EXCLUÍDA- Romance Cristão
SpiritualJúlia é uma garota de 16 anos que após a trágica separação dos pais se afasta completamente de Deus. Decepcionada e magoada, foi morar em Buenos Aires (Argentina), com sua tia. Depois de um tempo, quando já tinha se acostumado com o lugar, recebeu...