Será se eu ouvi bem?
Ainda na primeira semana de aula não posso levar advertência e muito menos ir para diretoria!
Meu coração vai a mil. Penso em correr mais com certeza Safira e as outras pessoas que estavam lá iam dizer ao inspetor que era eu. O vejo se aproximar e Simon vindo logo atrás dele.
-O que está acontecendo aqui mocinhas? -O inspetor pergunta cruzando os braços logo em seguida Simon põe sua mão no ombro do espetor, acho que ele queria distrair o espetor ou algo do tipo.
-Olha só inspetor o que essa vac... GAROTA, fez comigo. -Safira me acusa apontando o seu dedo para a mancha enorme de sorvete que eu tinha feito em seu uniforme.
Ela não seria capaz de me chamar de vaca!
Hahh mais eu queria que ela tivesse terminado de falar, porque quando eu quebrasse toda a plástica da cara dela, eu iria para diretoria com motivo.
-Ela não está falando a verdade. -Simon afirma, e o inspetor o encara sério.
-As duas para diretoria. -O inspetor ordena, apontando o dedo em direção à saída do refeitório.
-Por favor inspetor. Você nem sabe o motivo pela qual aconteceu isso e já vai as mandando para diretoria. -Simon fala retirando sua mão que ainda estava no ombro do espetor.
-Simon, eu lhe entendo você como cristão acha que todos merecem uma chance, mas.... não. - O inspetor fala puxando meu braço e o de Safira e nos arrastando.
Já estávamos nos aproximando da sala do diretor, e eu precisava fazer algo.
-Moço, por favor espere. O que você acha que o diretor vai pensar de você? - Pergunto e com muita insistência consigo me soltar, ele me olha confuso. -O diretor vai pensar que você não passa de um incompetente, que não resolve um simples mal entendimento. -Tento o manipular e ele se encontra pensativo por alguns minutos.
-O que você propõe, senhorita? -Diz ele interessado.
-Que o Senhor nos deixe voltarmos para aula e nós duas fingimos que você resolveu a situação sem necessitar do diretor, pois sua competência é admirável. -O bajulo e por um momento ele parece concordar.
-Não. - Ele discorda nos arrasta novamente em direção à diretoria.
Pensei que ele só tinha cara de burro e lerdo, mas me enganei.
Estou ferrada!
💐💐💐
Volto para sala de aula juntamente com Safira, já estava na aula no último horário. Demoramos um tempão na diretoria, o diretor deu uma bronca e ligou para meu pai, porém o que não me surpreendeu foi ele está na empresa trabalhando e não atendeu, mas uma de suas secretarias atendeu e disse que assim que ele sair de uma reunião retornaria a ligação.
A aula passou muito rápido, e o pior é que eu e a loira oxigenada só iríamos sair da escola quando nossos pais viessem nos buscar e tivessem uma conversa com o diretor. É incrível como tempo nunca está a meu favor.
Saio da sala de aula com a Iza ela se ofereceu para ir comigo novamente na diretoria, mas recusei, se meu pai a visse iria pensar que ela participou da briga ou algo do tipo. Andamos um pouco, me despeço da Iza e subo as escadas.
Por que a diretoria tinha que ser no último andar?
Abro a porta da diretoria e penso ter visto meu pai. Não pode ser, ele vive ocupado deve ter sido só impressão minha. Fico sem reação, apenas parada na frente da porta esperando um dos dois notar minha presença.
-Oh, sente-se querida. -O diretor diz apontando seu dedo para uma cadeira ao lado de meu pai.
Meu coração acelera. Meu pai vai me matar!
Sento-me já esperando uma bronca enorme. Eles conversaram por uma eternidade sobre assuntos aleatórios e eu ja estava para sair correndo, apesar de meu pai não ter brigado ainda só pelo seu olhar sério dava para ver palavras escritas dizendo a típica frase de toda mãe quando seu filho faz algo errado:
" Em casa você me paga"
Saímos da diretoria, meu pai continuava calado e eu não iria ter a audácia de falar com ele. Já na porta da escola eu praticamente corro para o carro. E o discurso começa:
-Que falta de responsabilidade, Júlia!
- ele fala raivoso ligando o carro. -Na primeira semana de aula você faz isso, na primeira! -Ele fala repetindo e batendo com força no volante.-Pai, eu não tive culpa. A menina jogou suco em mim, e já faz um tempo que ela vem me provocando. -Me defendo.
-Eu quase morro de vergonha, você tem que se controlar. Eu não vou mais admitir isso.
-Reviro os olhos. -Você fala como se eu já tivesse brigado na escola.
-Como nunca brigou na escola? Quando você estava em Buenos Aires recebi várias advertências das suas antigas escolas. - Ele fala mostrando um papel que supostamente vinha escrito o nome da minha escola antiga .
-Mas, o problema era meu e da minha tia você se mete porque quer. Nunca precisamos de você e....
-Chega! Basta. - Ele grita e fixa seus olhos na estrada. -Teve sorte que dessa vez não levou nenhuma punição, mas da próxima não garanto que isso ocorra.
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Olá!!
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Tchau! Até o próximo capitulo.
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A EXCLUÍDA- Romance Cristão
SpiritualJúlia é uma garota de 16 anos que após a trágica separação dos pais se afasta completamente de Deus. Decepcionada e magoada, foi morar em Buenos Aires (Argentina), com sua tia. Depois de um tempo, quando já tinha se acostumado com o lugar, recebeu...