À primeira vista

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Me chamo Stela, em 1995 Tinha onze anos, e morava com meus pais e dois irmãos, mais novos que eu, em uma chácara, todo o nosso sustento era plantado e colhido pelo meu pai na roça.
Minha infância não era nada fácil, tinha que cuidar dos meus irmãos para minha mãe ajudar meu pai na lida. Fazia tudo dentro de casa, as vezes até cozinhava e lavava roupas.
Devido a isso tinha uma mente muito madura, não gostava das mesmas coisas das minhas colegas de escola.
E esse amadurecimento não era apenas na mentalidade, meu corpo Também era diferente, todo mundo pensava que tinha mais de 15 anos.
Meu corpo era de uma adolescente
Já tinha, seios, bunda grande, coxas roliças, diferente das minhas colegas que eram todas franzinas. Até menstruar eu já menstruava

O fato de sempre está ajudando meus pais nunca me atrapalhou na escola.
Sempre tirava notas boas e esse ano fiquei
mais empolgada, porque uma nova fase iria começar.
Iria estudar na quinta série.
Meu sonho deixar de usar caderno de brochura e usar cadernos de matéria.
Ter um professor para cada matéria.
Tudo isso estava me deixando muito empolgada.
Apesar que sabia que mais um ano irei sofrer bullying, porque seria os mesmos colegas. Já que a escola era na Zona Rural.
O fato de eu ter a mesma idade que eles e ser "grandona" em todos os sentidos me fazia diferente, e eles não aceitam bem e sempre ficavam me zoando. Me colocando apelidos.
Sem falar que não tinha as mesmas condições financeiras que eles.
Eles sempre usavan roupas e sapatos legais, mochilas de marca. Cadernos com capa de artistas.
Já os meus eram os mais simples possíveis. O que os meus pais pudiam comprar com muito esforço.

Primeiro dia de aula. Coloquei minha melhor roupa, minha mãe fez um rabo de cavalo no meu longo cabelo loiro e lá fui eu andar mais de 5 km para chegar
Minha havaiana nova que minha mãe comprou para eu usar até o fim do ano estava toda suja. Corri no banheiro e lavei os pés e o chinelo.
Não teria muitas novidades. Quem sabe um ou dois alunos novos. Os professores provavelmente seria os mesmo. Que já vi pelos corredores.

Cheguei cedo, entrei na sala não tinha ninguém.
Sorte, eu iria sentar no meu lugar preferido.
A última cadeira do lado direito da sala. Em frente à mesa dos professores.
Logo foram chegando todos. Uns cumprimentando os outros. Abraçando. Eu parecia invisível.
Ninguém falou comigo.
As caras eram as mesma.
Exceto por duas alunas novas.
Uma prima da Glaucia que estudava comigo desde o pré a outra é filha da nova professora.
Elas já chegaram enturmada. Como elas conseguem eu não sei.
Porque eu estudo com eles a mais de quatro anos e ainda ficava pelos cantos.

O sinal tocou, todos se sentaram, logo o professor(a) entraria.
Eu estava ansiosa para escrever no caderno novo.

A primeira professora era de CFB, já dava aula na escola a mais de 2 anos.
Portanto a maioria já a conhecia.

Depois veio mais dois que tbm já eram conhecidos.
Tivemos o intervalo.
O sinal tocou todos voltamos para a sala.
Mais um professor viria se apresentar.
Meu Deus que homem era aquele? Um professor lindo, alto, moreno, cabelos preto, bem penteado,vestia uma calça jeans azul, uma camiseta branca e um suéter bege.
E um perfume que chegou até mim lá na última cadeira. E com um sorriso meio torto.
Ele seria o professor de matemática.
Professor Fábio.
Eu estava encantada pelo meu professor. Sem falar que ele era super legal e brincalhão.

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