A festa continuou mais animada ainda.
Eu já estava bem louca, dançando sem parar.
Todo ritmo que tocava eu dançava. Até mesmo funk que não curto muito.
Rebolava e descia até o chão.
O professor só ficava observando, tomando sua cerveja.
Fui pegar outra bebida, quando voltei não o vi mais sentado.
O procurei em volta não encontrei, imaginei que tivesse ido embora.
Continuei bebendo e dançando.
Logo começa a tocar uma música, essa música não,
Por que essa música?
"I Don't Want To Miss A Thing"
De Aerosmith
Me deu vontade de chorar.
Precisava sair da pista de dança e me esconder em algum lugar.
Alguém segura em minha mão
- Dança comigo Stela?
- Professor!!! Pensei que tivesse ido embora
- Era o que devia ter feito.
Me puxou para si e começou a me embalar no ritmo da música, assim como fez na festa de formatura, a minha sensação era a mesma.
Nada tinha mudado dentro de mim.
Eu ainda amava aquele homem.
Só que agora eu estava casada, e Deus me livre se Erick soubesse que estava dançando daquele jeito com alguém.
Mas eu não queria sair daqueles braços.
E continuei.
Fechei meus olhos e me deixei levar.
- Stela me encontra lá no estacionamento?
- Professor é perigoso. Sou casada e você Também.
- Vc é casada e no entanto seu marido não está aqui cuidando de você, e quanto a mim, já faz alguns meses que me separei.
Fiquei calada sem reação.
Continuamos a dançar.
A música acabou, ele disse em meu ouvido
- Vou te esperar lá.
Eu nem respondi e ele já havia saído em direção ao estacionamento.
Peguei uma cerveja, dei uma disfarçada e fui ao encontro dele.
Cheguei no estacionamento, mas não o vi, estava escuro, achei melhor voltar,
- Ei, vem aqui!!
Quando olhei ele estava encostado no carro.
Tão lindo, tão sexy.
Corri ao seu encontro e o abracei.
Ficamos alguns segundos apenas sentindo a presença um do outro.
Como era gostoso sentir aquele cheirinho de perto.
Como era gostoso está em seus braços.
- Stela, minha menina. Falou acariciando meu rosto.
Seu toque me fez estremecer.
- Professor, isso é loucura, não deveríamos estar aqui. Alguém pode nos ver.
- Eu sei, mas preciso disso!!!
Ele segurou em minha nuca e me deu um beijo ardente.
Como seu beijo era doce e suave.
Meu corpo era um misto de sensações.
Ele me afastou, me olhou nos olhos e voltou a me beijar. Nossos corpos estavam colados. Pude sentir sua ereção.
- Stela, vem comigo?
- Não posso professor.
Minha vontade era ir para onde ele quisesse me levar, mas eu tinha medo. Medo do Erick descobrir e fazer alguma coisa com ele.
- Vamos Stela?
Abriu a porta do carro e me ajudou a entrar.
Depois entrou. Ficou me olhando com ternura.
E dirigiu em silêncio até a porteira .
Desceu do carro, e me pegou pela a mão
- Lembra Stela no dia da formatura?
- Como eu posso esquecer? Vc me rejeitou.
- Ah menina eu a queria tanto. Mas você era só uma menina. Embora não parecesse. Se eu tivesse ficado com você não ia me perdoar nunca. Ia me sentir um monstro.
- Professor Fábio, eu te amei desde o primeiro momento que te olhei. Eu tinha apenas 11 anos e sabia que você não ia me olhar do mesmo jeito que eu te olhava, mas os anos foram passando, e meu amor por você foi aumentando.
Mas você nem me notava. Até que naquele dia você foi ao banheiro.
E depois aqui me beijou e falou que me desejava, só não consegui entender por que você não me quis.
- Porque eu não podia tirar sua inocência, eu tenho o dobro de sua idade Stela. Você só tinha 15 anos.
Eu estava casado. Não queria roubar seus sonhos.
Mas durante esses anos não esqueci um só momento daquele dia.
- Mas agora sou eu que sou casada.
- Quando recebi, aquele convite de casamento não pude acreditar.
Eu estava te perdendo para sempre.
Minha vontade era fugir com você no dia do seu casamento. Eu cheguei a ir no salão que você estava.
Mas fiquei com medo de você não me querer. Além do mais eu ainda estava casado. Eu não podia destruir sai a vida sem estar com a minha definida.
- Eu vi você naquele dia. Eu teria ido com você.
Uma lágrima caiu em meus olhos, não consegui me controlar.
Fábio me abraçou forte e começou a chorar tbm.
Choramos que soluçamos abraçados.
- Precisamos voltar. Vão sentir minha falta.
Falei secando as lágrimas.
- Sim, vamos. Mas você vai me prometer que vai me encontrar segunda feira.
- Não sei.
- Não faz isso Stela.
- Eu vou da um jeito.
- Vou te dar meu número. Enfiou a mão no bolso e tirou um papel.
Entramos no carro e voltamos.
