Desilusão

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Fiquei olhando seu carro sumi na escuridão. No meu peito senti um aperto.
Aquilo seria um adeus. Eu não o veria mais tão fácil.
Por quatro anos eu senti um amor platônico por aquele homem.
E quando descubro que ele também me queria ele me rejeita.
Eu queria chorar, abri a porta e fui direto para o meu quarto. Sorte que meus pais não acordaram, eu não estava afim de responder nenhuma pergunta.

Deitei na minha cama e chorei em silêncio, até pegar no sono.

Acordei já era tarde, meus pais já tinham ido para a lida na roça.
Tomei meu café e arrumei a cozinha.
Na hora do almoço, meus pais quiseram saber como foi a festa, eu contei.
Perguntaram com quem eu tinha ido embora, eu contei a verdade. Não ia adiantar menti.
Eles não viram problemas. Afinal ele era meu professor a 4 anos e eles nem desconfiava da minha paixão por ele.

As férias passaram rápido, mais um ano letivo se iniciaria, mas agora tudo seria diferente, eu não conhecia ninguém naquela escola, nem alunos nem professores.
Apesar de tudo eu estava empolgada.

Eu me adaptei rápido na escola, fiz algumas amizades, meu rendimento em matemática caiu muito. Pois estava habituada ao método de ensinamento do professor Fábio.
Mas outras matérias eu mantive média.

Eu não conseguia esquecer o professor Fábio, sentia muita falta dele.
Eu sempre tinha notícias dele. Pois meus irmãos eram seus alunos.
Minha irmã sempre dizia que ele perguntava por mim. Meu coração disparava toda vez que ela me dizia isso.
Tinha vontade de ir lá na escola ve-lo, mas nunca tive coragem.

O ano acabou mais uma vez, eu ia cursar o segundo ano do ensino médio.
Fiquei um ano inteiro sem ver aquele sorriso, meu coração sangrava, meus sonhos com ele foi diminuindo.

Eu ainda lembrava do cheiro do seu perfume e do seu sorriso torto.
Porém cada vez menos eu pensava nele.

Um dia descendo da escola para a parada de ônibus, vir um voyagem, meu coração bateu acelerado, pois era ele. Só que ele estava com uma mulher ao lado e fingiu nem me ver.
Nesse dia todas as lembranças vieram a tona.
Lembrei do seu beijo. Do seu toque.
A noite sonhei com ele.
Durante toda a semana pensei nele diariamente.
Mais uma vez as lembranças foram dissipando.

Nas festinhas eu sempre beijava alguns meninos, mas nunca me envolvi com nenhum deles. Em uma dessas festas conheci um rapaz que não era da região. Eu fiquei com Ele, demos alguns beijos escondido. Seu nome era Erick

Ele sempre me mandava recados pela minha prima Claudia , mas eu nunca dei muita idéia.

Eu já tinha feito 17 anos e estava no terceiro e último ano.
Todas as minhas amigas tinha namorado e eu nunca tinha namorado na minha vida.
Apenas beijava e pronto.

Era uma sexta feira, no final da aula chamei Claudia para ir para minha casa.
Ele foi. Quando foi pra ir embora ela me chamou para passar o fim de semana na casa dela que era na cidade mais próxima da chácara.
Meu obviamente não ia deixar, mas ela insistiu tanto que ele cedeu.

Na sexta dormimos tarde conversando e dando risada,
No sábado ela me acorda bem cedo.
Eu não entendi para que.
- Vamos Stela.
- Para onde Claudia.
Eu senti que ela estava aprontando.
- Vamos na rodoviária e de lá vamos passar no mercado.
- Fazer o que na rodoviária?
Ela não respondeu.
Nos arrumamos e saímos.

Chegamos na rodoviária e ficamos por ali.
Eu não fazia ideia do que estava fazendo ali.
Quando derrepente desce um rosto familiar do ônibus.
Era ele.

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