A semana seguiu normalmente, Erick saindo cedo para o trabalho e só voltando a noite e eu em casa cuidando de tudo.
Colocando a roupa na máquina achei o papel com o número do professor Fábio no bolso da calça.
O que eu iria fazer com aquilo?
Salvar em meu celular não podia, guardar o papel o Erick poderia achar.
Era melhor jogar fora, amassei e joguei na lixeira.
Lembrei de todos meus momentos com ele. Como eu tinha vontade de estar com ele mas eu não podia.
E se eu ligasse só para ouvir sua voz?
Peguei o papel na lixeira desamacei e disquei. No segundo toque ele atendeu.
- Alô?
Eu fiquei calada. Respirando pesado.
- Alô, tem alguém aí?
Pensei em falar, mas simplesmente desliguei.
Apaguei a chamada e continuei com os meus afazeres. Só que agora trêmula por ter ouvido a voz dele.
Na hora do almoço meu telefone toca, era Erick, me pedindo para pagar algumas contas, desliguei.
O telefone toca de novo.
Atendo.
- Fala Erick.
- Oi quem fala?
Disse uma voz que não era do Erick, mas que eu conhecia muito bem.
Pensei em desligar.
Mas resolvi falar.
- Oi Fábio sou eu Stela.
Fez se um silêncio.
- Stela?
Que bom que você ligou!!
- Como você está?
- Melhor agora e você?
- Estou bem
- Stela preciso de te ver.
Vamos nos encontrar. Só escolher um lugar.
- Não posso professor. Realmente não posso.
- Desculpa a insistência Stela.
Mas só dessa vez.
- Não, e não me ligue mais.
Meu marido pode ver
- Só me falar os horários que ele está em casa.
- Não Fábio. Tchau
Eu estava morrendo de medo de Erick descobri alguma coisa. E ir tirar satisfação com ele.
Eu não podia deixar isso acontecer. Por tanto tempo eu fiquei afastada, era melhor continuar.
Embora minha vontade era de correr para seus braços e senti seu delicioso beijo.
