BAZAAR

28 - Grace

- Você gosta de sexo sadomasô?

Sorrio para a pergunta mesmo com estranhamento.

- Depende. - Respondo sem nem ponderar. - De que tipo? Algemas, cordas, braçadeiras, essas coisas?

- Sim... - Olivia parece refletir um pouco. - E também coisas mais leves, tipo tapas, puxões de cabelo, chupões...

- Você já me bate quando fodemos. - Me viro entre os lençóis para olha-la melhor. Linda como um inferno é Olivia Hendrix seminua. - E nosso sexo não é tão violento a ponto de deixar marcas.

- Na verdade... - Vejo através da penumbra sua garganta se mover no instante em que engole em seco.

Franzo o cenho e ela levanta as sobrancelhas com aquela cara de safada que me faz subir pelas paredes.

- O quê? - As peças finalmente se encaixam no meu cérebro e preciso me apoiar no colchão pelos cotovelos para não me engasgar de surpresa. - Sério? Meu Deus... Quando?

- Acho que ontem. - Ela tampa os olhos com ambas as mãos quando abre um sorriso bobo. Meu coração quase para.

- Oh, céus, o que está acontecendo comigo? - Me deixo cair de volta no travesseiro com uma bufada. - Deixe-me ver.

Presto cem por cento de atenção quando ela se senta no colchão de costas para mim e começa a tirar a camisola pela cabeça, revelando suas costas retas e... decoradas por algumas marcas avermelhadas de unhadas.

- Olivia... meu Deus. Como eu fiz isso?

- Não sei. - Ela olha por cima do ombro em minha direção e por alguns segundos me distraio admirando a curva perfeita do seu nariz fino. - Acho que quando eu... estava te chupando.

- Err... me desculpe.

- Hey. - Ela se vira de frente e se arrasta sobre os lençóis até estar completamente por cima de mim, os dois joelhos ao lado meu quadril e os peitos totalmente despidos à centímetros da minha cara. Minha boca se abre instintivamente. - Não precisa se desculpar. Só achei que... Sei lá, você poderia estar achando meu sexo frio em relação as suas... necessidades.

- É sério isso? - Faço questão que ela veja minha completa e teatral revirada de olhos.

- Sim. Talvez você queira... intensificar nosso ritmo. Ainda é adolescente e, você sabe, os hormônios...

- Olivia Black-Hendrix. - Sorrio com o doce som do seu nome nos lábios e com a ideia perversa que certamente se contorce em sua cabecinha ninfomaníaca. - Você está me propondo sexo selvagem?

- Hey, não ri! - Ela estapeia meu braço.

- Não estou rindo. - Mentira, meus músculos faciais até começaram a ficar doloridos pelo esforço de conter a risada que teimava em escapar. - Só acho que você poderia falar diretamente quando quer ser passiva. Não precisa por culpa nos meus ''hormônios.''

- Grace! - Agora ela que está se esforçando para não rir.

- É só dizer, honey.

E com isso me inclino para frente para tomar seus lábios nos meus. Ela também se move em meu colo e isso faz com que seus seios nus se esbarrem nos meus, cobertos apenas pelo fino cetim da camisola, facilitando o deslizar e o atrito de nossos mamilos que endurecem instantaneamente.

Minhas mãos voam para sua cintura fina e a aperto entre os dedos fortemente. Meu cérebro logo começa a fornecer imagens do seu corpo totalmente nu em dogstyle, onde minhas mãos precisariam estar neste mesmo lugar para fode-la, e isso faz meu sangue ferver.