27 - Olivia

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- Onde você está? - O homem do outro da linha parecia ligeiramente chateado. - Te liguei varias vezes e você não atendeu!

- Desculpa. - Sussurro baixinho e levanto cuidadosamente da cama para não acordar a garota adormecida que suspirava ao meu lado. - Estou na casa de Grace.

- Você o quê? - A voz de Cass sobe uns três tons. - Olivia... meu Deus! Quer foder seu casamento? São 7 horas da manhã e você está na casa da sua amante!

- Não... Grace não é minha amante! - Tento ao máximo fazer minha voz soar brava, mas não estava em posição de alterar o tom.

Cato pelo chão as roupas que eu mesma despi antes de trepar com Grace e digo para Cass esperar um pouco enquanto me visto.

- Não me julgue... - Com o máximo de cuidado abro a porta e a fecho sem nenhum barulho. E finalmente posso suspirar aliviada quando me vejo no corredor, sem a presença - aparentemente - inocente da garota francesa para me intimidar. - Olha... Acabamos pegando no sono depois de jantar. Acho que podemos ter exagerado um pouco no vinho.

- Jantar? Vinho? Meu Deus, Olivia, isso foi algum tipo de encontro?

- Não, não foi um encontro. - Suspiro quando me dou conta de que preciso encontrar minha bolsa com todos os meus cartões e documentos antes de sair. - Eu só... queria muito encontrar Grace depois da conversinha que tivemos.

- E o que, estabelecer a verdade sobre o lance de ninfeta e sugar mama?

- Sugar mama? - Sem querer acabo rindo da situação. - Uau. Sexy.

- Só me poupe dos detalhes sórdidos desse sexo lésbico sadomasoquista.

- Nunca disse que era sadomasoquista.

- Não preciso saber. Quando pretende sair daí? Depois de mais uns três orgasmos?

- Na verdade... - Coço a cabeça instintivamente, levemente suspeita de estar fazendo merda. - Grace ainda está dormindo.

- O quê? E você pretendia sair escondido da sua amante?

- Err... seria muita maldade? E ela não é minha amante!

Ouço Cass suspirar fundo do outro lado.

- Eu já fiz muito isso. Mas no seu caso, não recomendo. Digamos que ninguém liga no dia seguinte quando encontra uma ninfeta de balada.

- Okay... Vou acorda-la e dizer que estou indo. E, nesse caso, você é a ninfeta.

- Engraçada, você ativa. - Ate imagino sua perfeita revirada de olhos. - Poderiam vir juntas. Você e Grace. Já sabe os seus locais de desfile?

- Já. Os anotei no celular.

- Pois bem. Estou esperando vocês.

- Tudo bem. Tchau.

Suspiro antes de me voltar em direção ao quarto. O que vou falar para ela?

Bom dia, querida, já estou vestida porque pretendia sair escondida de você, mas até meu amigo, que não aprova muito bem o nosso relacionamento, achou que seria uma puta sacanagem, então voltei para te acordar com um beijo.

Okay... aproveito o breve instante de insanidade e volto com passos confiantes ao ambiente doce e angelical onde a garota estava lindamente adormecida sobre a cama. Seus cabelos claros se espalhavam uniformemente por todo o travesseiro e os lençóis que anteriormente cobriam totalmente seu corpo agora se encontravam embolados em um dos lados, revelando grande parte do seu quadril e pernas.

- Wow... - Suspirei sem querer, completamente encantada com a beleza da francesa, que parece aumentar a cada amanhecer e, consequentemente, me faz querer jogar tudo para cima e seguir o sol.

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