23 - Olivia

2.1K 111 29
                                    

- Não pedi para vir atrás de mim.

A frase se repetiu em minha cabeça pelo menos um milhão de vezes antes das portas do elevador se abrirem e me deixar cara a cara com Grace.

A francesa estava sentada na poltrona do corredor de acesso ao nosso quarto, suas longas e torneadas pernas cruzadas uma por cima da outra, fazendo seu belíssimo vestido Gucci deixar a mostra a meia calça e as sexies cintas liga. Sua única companhia na penumbra sinistra era uma garrafa de vinho escocês caríssimo, da qual bebia diretamente pelo gargalo.

- Eu disse que... - Começou a dizer assim que me viu se aproximar a passos lentos.

- Calada. - A interrompo quando paro bem na sua frente. Desta posição, a garota tem que levantar bem a cabeça para me olhar nos olhos, o que deixa seu pescoço pálido vulnerável a qualquer ataque que eu possa ter em mente.

Mas ao invés de beliscar sua jugular com os dentes como eu estava imaginando, resolvo fazer algo ainda mais tentador.

Seguro o queixo de Grace com força e ela separa seus lindos e rosados lábios automaticamente, deixando assim mais fácil a entrada do meu polegar na sua boca.

- Oh... - A garota geme baixinho e na mesma que sinto meu dedo ser molhado pela sua saliva.

Espero que esteja se divertindo, garota.

- Presta atenção que eu não vou falar de novo. - Digo com a voz mais sexy que consigo. Ela concorda minimamente com a cabeça e continua a me olhar com aquelas duas bolas gigantes e esverdeadas. - Eu vou estar no nosso quarto, sem roupas, sem carreira, sem marido, sem nada para nos atrapalhar. - Vejo pelo canto dos olhos o momento exato em que ela contrai os músculos das pernas com um leve estremecer. Sorrio internamente e a faço separa-las com o joelho. Quando suas pernas estão uma de cada lado do meu corpo, encaixo a minha entre elas, levanto o joelho até seu centro e começo a pressionar ali. Seu gemido só é impedido de escapar livremente pelo meu dedo, que agora começava a ser maltratado pela língua e lábios da francesa. - Se ainda me quiser, é só me procurar.

Faço um leve movimento com o joelho e vejo os olhos da garota fraquejarem. Seu surpiro é tão gostoso que sou obrigada a repetir o movimento, sendo respondida por pernas mais abertas e uma leve mordida no polegar. Meu sorriso se enlarguece.

- Não me deixe esperando, babe. - Digo ao tirar o dedo da sua boca e dar o passo para trás.

Grace morde os lábios deliciosos na tentativa de conter um segundo gemido e volta a cruzar as pernas. O ato faz sua minúscula calcinha ficar visível para mim por uns míseros segundos, deixando-me imaginar quão molhada sua boceta estaria. Sem querer enlouquecer com o pensamento, me inclino para frente e passo a língua rapidamente por seus lábios entreabertos, capturando um pouco do gosto do vinho.

.
.
.
.

Dizer que não pensei nas consequências enquanto ficava sentada na cama a espera de Grace é uma total mentira. O tempo todo imagens do rosto bonito de Laurence passavam por minha mente, juntamente com nossos momentos mais felizes, nosso casamento, nossa lua de mel, nossa rotina pré estabelecida...

Mas o curioso é que todos esses momentos foram interrompidos pela linda garota francesa que irrompeu a porta do quarto minutos depois e a fechou com um baque surdo.

- Eu quero você, Olivia. - Disse com a respiração descompassada, o sotaque francês e a voz rouca me fazendo imaginar coisas inadequadas. - E quero agora.

Sou pega completamente de surpresa quando a garota vem até mim e se senta em meu colo, com uma perna de cada lado do meu quadril. O calor do seu corpo, passando pelo meu através da irradiação, dava-me a sensação de derreter qualquer gelo que se formara entre nós na festa lá em baixo. Calor esse que começou a ser expelido por mim quando suas mãos macias subiram por meu pescoço, bochechas e nuca até a parte traseira da minha cabeça, onde agarrou um punhado de meus cabelos e o segurou firme.

BAZAAROnde histórias criam vida. Descubra agora