CAPÍTULO 10°

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Caio ( algum tempo depois.)

O tempo tem passado em uma velocidade absurda, os dias tem voado e o caso a qual eu estou envolvido tem progredido aos poucos.

De um tempo pra cá minha vida tomou um rumo bem diferente, eu tenho sentido que tudo mudou, mas eu não consigo dizer necessário o que foi.

Eu só sei que não estou me sentindo bem e muito menos seguro, em todo lugar que estou sinto alguém na minha espreita, eu realmente não sei se isso é neura da minha cabeça ou se realmente tem alguém conspirando contra mim, de qualquer maneira, eu mandei reforçarem a segurança da casa e contratei mais alguns seguranças caso alguém consiga invadir o condomínio e chegue até minha casa.

- Caio.- uma voz chamou minha atenção.

Desviei meu olhar da janela que a em minha sala no fórum e levantei a cabeça encarando Carlos que está a minha frente.

- sim?- digo já o encarando.

Ele colocou alguns papéis sobre minha mesa e puxou a cadeira já se sentando.

- está tudo bem com você? Você anda meio perdido de algumas semanas pra cá...- ele diz me encarando com um olhar curioso.

Eu não sou um homem muito solitário e realmente acredito que não preciso ter vários amigos ao meu lado, mas Carlos é uma exceção, ele é meu companheiro desde que entrei pra essa vida, ele é um dos poucos que ainda não se vendeu nesse fórum e eu o admiro por isso e aprecio sua companhia.

- não é nada demais, eu apenas estou com a cabeça cheia...- falei soltando um suspiro.

Ele apoiou suas costas no encosto da cadeira, deu um sorriso de lado e me lancou um olhar questionador.

- sabe o que parece ser seu problema?! Mulher!- ele afirmou com toda certeza enquanto olhava em meus olhos.

Arrumei minha postura no mesmo momento ficando totalmente sério, me levantei no segundos seguinte desviando meu olhar do seu.

- Carlos, você acha mesmo que eu tenho tempo pra perder pensando em mulher?!- respondi sem encara-lo.

Eu realmente passei boa parte da minha vida evitando qualquer relacionamento que me envolvesse emocionalmente com alguém.

Pra ser honesto eu sinto medo de me relacionar com alguém, tenho medo de me envolver tanto com alguém a ponto de virar dependente dessa pessoa.

A última mulher com quem eu tive contato foi aquela... desvairada da Patrícia, as memórias daquela noite ainda estão martelando em minha cabeça de segundo em segundo.

A filha da puta além de foder com minha vida ainda se acha no direito de ficar invadindo meus pensamentos.

- pois eu acho que sim, é deve ser uma mulher muito interesssante pra te deixar perdido desse jeito...- ele disse em um tom sarcástico.

Me virei o encarando sem a mínima paciência, passei por ele caminhando de volta pra minha mesa e o encarei de relance.

- você já acabou?! Então pode ir, tenho muito trabalho a fazer...- falei enquanto encarava o meu computador.

Ele se manteve de pé em frente a minha mesa e eu pude sentir seu olhar sobre mim.

Levantei a cabeça o encarando e cruzei os braços já sem paciência.

- eu posso te ajudar com alguma coisa?- perguntei levantando uma sobrancelha.

Ele deu um sorriso fraco, acenou com a cabeça e soltou um suspiro fraco.

- não, quando você quiser abrir o jogo pode me procurar...- ele disse, deu as costas e saiu da minha sala.

Quando a porta se fechou um alívio tomou conta de mim, eu fechei os olhos e bufei tentando aliviar toda a tensão que estou sentindo.

CAMINHOS CRUZADOS (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora