C A P I T U L O N O V E

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Gabriel dirigia o carro concentrado na estrada, já que estava de madrugada e a estrada estava bem escura, abri a janela apreciando a vista do lado de fora, o vento batia no meu rosto, fazendo com que meus cabelo voassem.

-Estamos fazendo uma viagem ? - comento com o passar do tempo .

- Quase isso - ele diz rindo - mas valerá a pena .

Sorrio de volta, enquanto continuo apreciando a paisagem, passamos por várias casas bonitas, com cercados em volta, aglomeradas uma do lado da outra, perto de montanhas, o cenário era lindo, porém aquelas casas se destacam da cidade, ao lado delas não existiam comércio algum, deveria ser uma calmaria morar ali, uma paz dominav todo o lugar.

- Chegamos - Gabriel me tira dos meus desvaneios , enquanto estaciona o carro na estrada deserta.

Olho em volta do cenário, tinha uma praia deserta, não havia ninguém nela, olho para o relógio e marcava quatro horas da manhã, em volta não havia nenhuma casa, nem comércio, nada, aquele lugar era totalmente deserto.

-Bem escondido aqui - eu digo.

-Sim, é uma parte interior da cidade, pouquíssimas pessoas conhecem aqui - ele diz.

Caminhamos lentamente até o mar, chegando lá deixei que ele molhasse meus pés enquanto eu sentia aquela boa energia que a água gelada do mar emanava.

- Aqui é meu ponto de paz, sempre que sinto que estou mal ou que quero simplesmente ficar sozinho e pensar na vida eu venho até aqui - Gabriel diz.

-Então você me trouxe no seu ponto de paz - eu digo sorrindo .

-Sim, você já conheceu um lugar melhor do que esse ? - ele pergunta abrindo os braços.

Faço que não com a cabeça, era realmente verdade, aquele lugar era lindo, na verdade eu amava qualquer lugar que tivesse praia mas aquela dali era especial, a areia era branquinha e o mar bem azul, quase transparente, dava para ver minha perna debaixo dele.

-O que acha da gente dar um mergulho? - ele pergunta de repente .

-Agora? - pergunto surpresa.

-Para que perdemos tempo? - ele pergunta sorrindo e tirando a blusa.

Fico olhando seu peitoral, sua barriga era linda, com certeza ele malhava, fico desejando toca-lo e até fazer outras coisas mais ali, começo a ficar com mais tesão enquanto ele desabotoa a calça e tira, ficando apenas de cueca box vermelha .

-Vai ficar pelado ? - pergunto .

-Por que, você quer ? - ele pergunta, faço uma cara de espanto olhando para ele e  começa a rir de mim - Estou brincando, não se preocupe.

Ele se joga no mar e mergulha, fica um tempo nadando até que surge puxando minha perna, eu levo um susto e ele começa a gargalhar, quando ele levanta, observo seu corpo molhado e isso me deixa com mais calor.

-Não vai entrar ? -ele pergunta.

-Não tenho biquine- digo dando de ombros .

Ele se aproxima de mim, coloca uma mão em cada lado da minha cintura, encosta o corpo todo em mim e me beija, nossos beijos começam a ficar mais intensos, eu coloco minhas mãos em volta do seu pescoço me entregando ao beijo, até que ele puxa o zíper de traz do meu macaquinho até embaixo, fazendo com que o macaquinho caia pelo meu corpo.

-Agora você poderá mergulhar- ele diz se afastando de mim e jogando um pouco de água na minha direção .

Eu perco a vergonha, termino de tirar o macaquinho, o jogo na areia e mergulho só de lingerie amarela.

A água estava gelada na medida certa, meu corpo se deliciou com todo onda de prazer em contato com o mar, nadei durante um tempo até que sinto alguém puxando meu pé.

-Peguei - Gabriel diz assim que eu subi  a superfície.

-Que susto, estava tão distraída, esse lugar é perfeito - digo quando estou de frente para ele, ainda no mar, nós dois nos olhavamos.

-Que bom que gostou, esse lugar me traz ótimas lembranças - ele diz.

-Quais ? - pergunto .

-Quando eu era pequeno, meus pais me traziam para cá, esse era o nosso lugar, vínhamos pelo menos uma vez por mês para cá, esse lugar é muito importante para mim - ele diz suspirando e mexendo com suas mãos no mar.

-E o que aconteceu com seus pais ? - perguntei.

-Então, eles foram para outro estado, foram morar no nordeste, com a minha rotina puxada eu só consigo vê-los no máximo uma vez por mês e tem meses que nem consigo ir até eles- ele diz .

-Sinto muito - eu digo.

-Não tem problema, eles pelo menos ainda estão vivos, bem velhinhos mas vivos - ele diz.

-Bem velhinhos? - pergunto - Mas você não é velho .

-Mas eles me tiveram com trinta e cinco anos, agora tem setenta, aí não dá para eles me visitarem, mas não sinta muito eu estou fazendo o que amo aqui, então está tudo certo  - ele diz sorrindo.

-Verdade, sou apaixonada pela nossa profissão, agora somos colegas -eu digo.

-E seus pais ? - ele pergunta.

-Eu ainda moro com a minha mãe,nós somos muito amigas, já meu pai nos abandonou, então ela é tudo, mãe e pai - digo dando de ombros.

-Eu também sou muito amigo do meu pai, por isso sinto muito a falta dele por perto, mas sei que está feliz lá, isso que importa - Gabriel diz- Sinto muito pelo seu pai .

-Não sinta, tem dezesseis anos isso, não me importo mais, já fiquei muito triste por isso mas hoje em dia não vale mais a pena - digo dando de ombros.

-Que bom que você é forte - ele diz .

Gabriel se afasta um pouco e bóia olhando para cima, para as estrelas, eu fico observando aquela cena linda e vou até seu lado fazer companhia, boio olhando para as estrelas, depois de uns minutos assim, que o sol começa a nascer.

-Vamos - ele diz puxando meu braço.

Saímos do mar, ele coloca as roupas e eu coloco meu macaquinho e na mesma hora nossas roupas ficam encharcadas por causa das nossas peças íntimas.

-Eu quero te mostrar uma coisa - ele diz me puxando .

Me puxa até um pedra que tinha perto do mar, subimos rapidamente a pedra, que levou aproximadamente dez minutos.

-Ali - ele apontou.

Olho em direção ao seu dedo e vejo o nascer do sol, eu nunca tinha visto uma paisagem tão linda quanto essa, fico observando paralisada o sol nascendo e iluminando tudo em volta, a noite se transformando em dia bem diante dos meus olhos e com uma companhia bastante agradável do meu lado.

-Que lindo - eu digo adimirada.

Gabriel que estava sentado ao meu lado, se senta atrás de mim, eu fico deitada em seu peitoral admirando aquela maravilha da natureza, enquanto ele faz carinho no meu cabelo.

-Não tão lindo quanto você - ele diz.

Me viro para trás,olho para ele, que pega por debaixo do meu cabelo e começamos a nos beijar,um beijo doce e quente, como o nascer do sol.



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