2 Capítulo

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Não sinto mais que estou sentada, ou que estou em movimento na verdade estou deitada, sinto minhas costas ao encontro de algo confortável, aos poucos sinto ardência nos meus braços e dores na minha perna, começo a toca-los para ver o tamanho de mais um problema, parece que foram só arranhões... Abro os olhos e sinto-os arregalados, que aconteceu comigo?!

"Ufa!! Vamos respirar, Somente respirar !!!"

Não sou de assustar atoa, fico mentindo para mim mesma nessa questão, as coisas estão acontecendo rápido e estranho demais, tento pensar que não vai ser essa questão que me tirar da calma total, não significa que só porque não me movi da cama ainda, que eu esteja com medo, tenho um defeito e uma qualidade sou curiosa, e isso, acredito que me colocou em muitas enrascadas.

Escuto passos e apressadamente, faço de tudo para meu corpo ficar imóvel, mas parece que as dores pioraram, fecho os olhos sem deixar de perceber que a casa não tem teto deixando o céu cheio de estrelas para ser observado, fingindo que estou dormindo, as luzes se acendem e escuto uma voz familiar:

- Eu sei que você não está dormindo! Pode parar de fingir!

E Arregalo os olhos e fico escutando essa voz forte e doce de se ouvir. Deve ser de um homem alto e forte, cabelos pretos, olhos cinza (outra mania imaginar coisas). E é exatamente nesse momento que olho e me assusto com uma criança, deve ter mais ou menos uns 12 anos, seus olhos são verdes e demonstra ter segredos que pode amadurecer a sua idade, seu corpo é como se treinasse o tempo inteiro, cabelos loiros caindo nos olhos e um sorriso de lado nos lábios, até engraçado esse pequeno grande homem, parece um pouco irritada ou impaciente, por isso decido falar:

- Eh! Pensei que fosse outra pessoa! Quem é você? Onde estou?

Ele me olha meio sarcástico, gente como pode ele parecer um homem!! Começo a rir em pensamento, mas Ele não diz nada, simplesmente sai e deixa a porta aberta.

Levanto da cama, o esforço causa arrepios em meu corpo, não há lugar que não doa, verifico minhas roupas estão praticamente rasgadas e se me lembro de era uma calça Jeans e a blusa laranja, agora nem sei que cor é, caminho descalço e gosto da sensação que me dá de sentir meus pés no chão, nem me preocupado em levantar ao escutar um barulho de onde o homenzinho veio. A curiosidade fala mais alto, enquanto ando até a porta, verifico até onde me lembro de alguma coisa, ok, vamos lá: Meu nome é Clara, tenho 17 anos, e é só. Começo a rir! Não me lembro de nem das minhas feições, então não mudou muita coisa.

Paro brutalmente quando já estou na porta, ao perceber que o barulho que era extravagante deu lugar ao silencio sombrio.

Verifico o corredor, a luz está fraca isso faz com que tenha dificuldades de verificar as varias portas quando passo, parece que não estou com medo, mas estou! Não sei o que vou encontrar no final do corredor onde a uma escada descendo a minha direta, olho para paredes, observo quadros abstratos, com cores vivas, vermelho sangue, azul como o céu no início da manhã, me esbarro em uma mesa, pequena como aquela do quarto, e nela há um pequeno jarro com flores amarelas, que caso eu não pegasse estaria estilhaçado no chão.

Chego à escada, meu coração está acelerado quando decido descer lentamente, não há telhado na casa, então o ar é sempre bem vindo, pois me sinto meio claustrofóbica. Quando chego ao pé da escada, não consigo ver nada, está muito escuro, e o medo que não sentia há minutos atrás, toma conta ao ponto de eu começar a rir, isso mesmo, rir, pois não consigo fazer outra coisa:

- Se controla Clara! Controla!

Então com toda a coragem que me falta, e sabendo que não tenho outra opção dou um passo, e simplesmente caio e desperto gritando. Meus olhos se abrem e estou no mesmo quarto, porém tem telhado, e pela luminosidade que bate na janela, está de dia.

Em Busca Da Verdade EscondidaOnde histórias criam vida. Descubra agora