12 Capítulo

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Se eu achava que a beleza era indecente de noite de dia ela matava as pessoas!

Acordei com um sol de rachar as pedras, os pássaros eram raros e esquisitos, alguns tinhas duas caldas, três olhos, não eram feios, eram excêntricos.

Primeiro levantei com um na beirada da minha cama, Black nem ligou pra ele, ele tinha duas caldas, sua cor era um verde florescentes, seu olhos eram muito negros e havia duas cores no centro do seu peito, uma preta e outra azul, e por incrível que pareça ele me observava me aproximei dele e fui acarinha-lo ele simplesmente pulou no meu dedo, passou o bico na minha mão e depois voou pela porta da frente.

Tomei uma chuveirada, tinha roupas me esperando, era um vestido marrom longo, na parte da frente única com decote "V" e as cordas firmes feitas de cipó era amarrado atrás do pescoço, ele descia até os pés, e ao longo do corpo era solto, achei criativo e, além disso, era bonito, prendi meu cabelo em uma trança embutida nas costas, peguei os brincos de pena e coloquei nas orelhas.

Preciso me misturar, deve ser por isso essas roupas.

Comecei a andar entre as pessoas, todos me olhavam assustados, e depois descobri o porquê, todos estavam com roupas normais, não havia penas nas orelhas, ou vestidos que parte eram cipós, logo retirei as penas com pressa, e comecei a escutar risos atrás de mim, quando me virei eram crianças pequenas, seus cabelos eram de um preto azulado, bochechas rechonchudas, e eram meninos, pareciam gêmeos. A mãe logo se aproximou e ligou a historia assim que viu os brincos na minha mão e meu vestido. Ela é linda, cabelos longos loiros, olhos azuis , seu corpo é bem conservado.

- Desculpe-me, eles têm mania de fazer isso uma vez ou outra, principalmente com que os estrangeiros, para confundi-los, e acharem que somos sem cultura, ou índios, por isso as roupas e o brinco...

- OK, sem problemas, tem algum lugar onde possa me trocar?

Como ficar com raiva deles, mas dei o troco, primeiro me aproximei com a cara fechada e percebi que causou certo pavor, quando estava próxima os enchi de cosquinhas, eles riram até sair lagrimas dos olhos depois saíram correndo.

- Eles gostaram de você, te escolheram para fazer essa brincadeira! - Ela sorriu enquanto os olhava afastar.

- Imagina se não gostassem.

Agora foi a nossa vez de rir.

Ela me levou para sua própria cabana, era bem aconchegante e parecia verdadeiramente um lar, havia rosas por toda parte, de varias espécies e todas estavam floridas, logo me senti bem e parecia em casa.

- Qual seu nome? - perguntei a ela.

- Me chamo Sicar! E você? - ele estava praticamente na cozinha e se virou para ouvir a minha resposta. Por incrível que pareça, senti que não deveria mentir pra ela, não sei por que, mas também não poderia dizer meu nome, talvez ela fosse reconhecer não sei. Meu olhar deve ter mostrado meu embaraço, pois logo vi abanando as mãos e dizendo:

- Quando achar necessário me falar, estou aqui para escutar.

Ela me levou onde era seu quarto, era bem simples e pratico, tinha uma cama com colchoes bordados com as folhas das arvores, e era lindo. O que me impressionou é uma das paredes do quarto, foi feita ao redor de um dos galhos da arvore, esse galho se alongava pela parede e isso fez com que a criatividade tomasse conta de Sícar, ela fez dele um lugar para colocar suas coisas, havia roupas, livros, escova de cabelo, uma flor pra enfeitar... Etc...

Eram impressionantes como as pessoas daquele lugar eram criativas, além das casas serem nas arvore eles usavam-nas como suporte dos próprios pertences de casa.

Ela se retirou para que eu pudesse me trocar, vesti uma calça preta que dava destaque as ainda mais nas minhas curvas, a blusa era vermelha colada ao corpo realçando os meus cabelos pretos, resolvi deixa-los livres afinal, coloquei as botas pretas de couro e me retirei do quarto, me sentei à mesa da cozinha onde o café cheirava pela casa inteira.

- Então onde está seu marido? - sou muito enxerida às vezes.

Ela se virou para mim e vi a tristeza em seu olhar então eu disse.

- Quando achar necessário me falar, estou aqui para escutar. - ela sorriu e vi o alivio em seu rosto.

Ficamos em silencio, e eu me senti tão bem, tudo era ótimo!

-Mãe! Os meninos estão fazendo bagun...

Eu reconhecia aquela voz, e era:

- Simon?! - olhei para ele, e como sempre ele estava deslumbroso, a armadura no seu corpo fazia com que seus músculos destacassem, não, se orgulhassem de onde estavam, o cabelo estava amarrado e as linhas dos seu rosto estava mais tensa, deve ser por que me viu aqui.

- Olá querido eu estava aqui conversando com a... - ela olhou para mim e para ele novamente - não importa. Conversando com minha nova amiga, esqueci-me dos meninos. - ela piscou para ele e voltou nos seus afazeres.

Simon continuava na porta e não deixei de perceber quando o olhar dele avaliava meu corpo, a cada lugar observado eu sentia pegar fogo, era como se suas próprias mãos...

Levantei rapidamente:

- Preciso ir Sícar, foi um prazer depois conversamos mais!

Aproximei da porta onde Simon continuava paralisado e disse:

- Quando ia me contar que sua mãe mora aqui?! - à medida que falei meu corpo de aproximou mais ao dele, nossa respiração acelerou ainda mais, pois nossos rostos estavam próximos, vi os olhos dele descerem para meus lábios e retornarem para os olhos, engoli em seco, a necessidade que eu tinha de toca-lo, e senti-lo, e...

- Depois te conto minha historia, você não estava indo embora! - foi dita em um sussurro, mas senti a rispidez das palavras.

Sai trombando nele, e queria encontrar um lago ali, de qualquer maneira, meu corpo está pegando fogo:

- Preciso me refrescar. - Bufei.

Em Busca Da Verdade EscondidaOnde histórias criam vida. Descubra agora