Anteriormente, em Juntos no azar...
— Quer ir ao cinema, chiuaua?
Ela riu na mesma hora.
— Quero, mas só se seu azar não fizer o teto do cinema desabar.
— No máximo vai faltar ingresso, mas não custa nada tentar.
E fazendo piada do assunto, nós saímos dali sem saber realmente o que nos esperava, mas uma coisa era certa: por alguma razão meu azar tinha voltado e mil estragos diferentes podiam vir disso.
*~*
— Estou ótimo, mãe — respondi à voz calma do outro lado da linha enquanto tentava equilibrar o celular e as várias sacolas do supermercado na mão para chamar o elevador.
— Que bom, meu filho. Eu e seu pai também estamos ótimos, se é que você ia perguntar.
Bufei.
— Mãe, não seja tão passiva-agressiva.
— Aigoo. Adoro quando você me rotula com termos técnicos.
— Querida, me dá esse telefone. — Era a voz do meu pai. — Ah, Hoseok-ah! Estamos indo visitar você amanhã.
— É que eu fiz muita comida e pensei em te levar parte dela — minha mãe disse ao longe.
— Chaewon-ah, não precisamos de uma desculpa para ver nosso filho.
Começou... Eles dois adoravam me deixar de fora da conversa.
— N-não é uma desculpa! De qualquer forma ele deve estar sobrevivendo de comida congelada mesmo.
Olhei para as duas sacolas que eu carregava. Grande parte do peso era de comidas que eu só precisava esquentar para comer, então minha mãe não estava completamente enganada.
O elevador fez barulho quando chegou e abriu as portas.
— Mãe, pai, ligo para vocês daqui a pouco; vou entrar no elevador.
Nem esperei a resposta e desliguei na cara deles. Provavelmente nem me ouviram porque estavam discutindo de novo. Aqueles dois moravam na praia há anos, não deveriam ter adquirido a personalidade de um surfista hipster ou algo assim?
Entrei no elevador já pensando na limpeza que precisaria fazer no apartamento senão minha mãe pegaria no meu pé a estadia toda. "Achei que quando tivesse me convidado para sentar, seria em uma almofada, não na poeira." ou "Hmm, adoro macarrão com tempero de sujeira."
— Segura o elevador, por favor!
Coloquei um dos pés entre as portas e Taehyung apareceu do outro lado, ofegante e segurando uma caixa de papelão com as duas mãos (mas absurdamente lindo como sempre). Ele sorriu para mim, como tinha se acostumado a fazer desde que fomos naquele parque de diversão abandonado juntos. Isso, na verdade, já fazia uma semana e meia, e nesse meio tempo eu ainda não tinha conseguido convidar ele para sair porque nos dois fins de semana que passaram, ele não ficou em casa. Ou seja, mais tempo para eu me iludir sozinho.
— Oi, Jung Hoseok.
Ah, é, ele também parou de usar o "-shi" no meu nome. Só para me fazer sofrer mais ao parecer que a gente estava ficando próximo. Me pergunto se sorrir um para o outro no corredor e conversar sobre tempo é considerado ser próximo em alguma parte do mundo. Porque aqui na Coreia do Sul definitivamente não é.
— Olá! — Ainda assim, fui simpático, pois temos que ser simpáticos com anjos. É a vida. Ele entrou e ficou ao meu lado. — O que tem na caixa?
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juntos no azar ; taeseok
Fanfic[CONCLUÍDA] Jung Hoseok não se dava conta de que quanto mais ele se apaixonava por alguém mais azarado se tornava. Nos seus 26 anos de vida, ele tinha quase perdido as contas das pessoas que amou. Apaixonado, não se importava com o azar e, de coraçã...