Capítulo 12 - O contato

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Ponto de vista Priscilla

Fiquei um tempo admirando aquela linda mulher dormir, enquanto eu acariciava seus cabelos, me perdi em meus pensamentos e um medo me rodeou (será que ela vai se lembrar do que aconteceu entre nós, será que ainda vai me amar? - pensei -). Voltei de meus pensamentos quando ela respirou fundo enquanto dormia despreocupada, sem nem se dar conta de que quase havia partido. Eu queria muito continuar ali deitada ao lado de minha pequena, admirando cada pedacinho de seu lindo rosto, acariciando seus cabelos macios e sentindo seu cheirinho, mas a dor forte em minhas costelas me impediu e tive que me levantar. Enquanto me levantava, com dificuldade, ouvi batidinhas na porta e permiti a entrada, era Caio, assessor por amizade, fotógrafo de profissão, muito requisitado no meio artístico, também amigo mais que fiel de Natalie, e Eduardo (Dudu para os íntimos), que eu não conhecia pessoalmente, mas sei que é promoter das melhores festas do Rio de Janeiro e de São Paulo, sempre estava rodeado de famosos, eu já tinha ouvido falar que ele também era um dos melhores amigos de Natalie, algumas pessoas até diziam que já tiveram um "casinho", o que confesso, me deu uma pontinha de ciúmes, mas nunca confirmaram nada. Eles já chegaram assustados e perguntando sobre a tentativa de matarem Natalie ali mesmo, no hospital. Estava explicando para eles todos os detalhes do ocorrido, quando resolvi prender o cabelo com a "xuxinha" que sempre carrego no pulso e a mesma caí de minhas mãos, me abaixo com uma certa dificuldade e vejo um crachá embaixo da cama.


Priscilla: - levemente nervosa - Caio!! Por favor, pega um papel toalha no banheiro e usa para pegar esse crachá em baixo da cama para mim.


Caio: - confuso - Como assim?! Pra quê isso??


Priscilla: Só pega e me entrega, por favor!



Caio faz o que Priscilla pediu, ela embrulha o crachá e guarda dentro de sua mochila que estava no sofá, próximo a cama. Caio e Eduardo ficam sem entender, mas não dão muita importância, Priscilla diz a eles que precisa sair e pede para que eles não saiam enquanto ela não voltar, eles assentem e aguardam sentados no sofá. Priscilla pega a mochila e vai até o banheiro, verifica se não há mais ninguém por ali, pega o celular e disca para um número em sua lista, depois de alguns segundo o contato atende...



Prisclilla: - séria - Oi, sou eu, tá podendo falar?


Contato: Tô sim, do que você precisa?


Priscilla: Preciso de um favor, muito importante


Contato: O que você precisar


Priscilla: Eu preciso descobrir se tem digitais em um crachá que possam me ajudar a encontrar uma pessoa que quis matar alguém muito importante para mim.


Contato: Seu pedido é uma ordem, eu te devo muito


Priscilla: Obrigada... eu tô no hospital, você pede...


Contato: Eu iria pessoalmente, mas é melhor não nos virem no mesmo lugar.

Natiese - A guarda-costasOnde histórias criam vida. Descubra agora