A Suprema Híbrida

Capítulo 8

Foto da Lúcia na multimídia.

Acordo com a porta do meu quarto sendo aberta sorrateiramente e pelo cheiro já sei quem são os "invasores". Continuo de olhos fechados para ver o que esses seres vão fazer, sinto os dois lados do colchão afundar e um carinho no meu rosto da pessoa que estou virada de frente. Pelo cheiro e toque sei que é o Vini. Sinto ele se aproximar e depositar um selinho demorado em meus lábios_ vocês devem estar se perguntando se eu tenho um rolo com o Vini. E sim, eu tinha um rolo com ele, sim tinha. Nós combinamos antes de vim para a alcatéia Lua de Sangue que não teríamos mais a nossa amizade colorida, mas ainda temos esse carinho um pelo outro. Então sempre a gente dá um selinho_ ele continua acariciando meu rosto até que quebra o silêncio:
Vini: acorda pequena- fala carinhosamente.
Biel: acorda marrentinha, tá na hora de dar uma humilhadinha em um certo chefe dos soldados do Supremo- fala acariciando as minhas costas.
Eu: queria acordar todo dia com esse carinho de vocês- falo abrindo os olhos lentamente.
Lucas/Fer: Bom dia pequena- falam em unisso.
Eu: Bom dia girafas- falo começando a rir.
Todos: você que é pequena demais- falam tirando sarro de mim.
Eu: seus sem graça- falo e eles começam a rir.
Vini: agora vai se arrumar. Nós vamos ir na frente para resolvermos algumas coisas com o Supremo e o Lipe- fala levantando.
Eu: cadê o Lipe?- pergunto levantando também.
Biel: ele já foi- fala já na porta.
Eu: beleza, daqui a pouco encontro vocês lá na arena- falo dando um beijo na bochecha dos meninos e eles desceram para o andar de baixo. Quando eu ia fechar a porta um ser iluminado me assusta.
Eu: QUE SUSTO DEMÔNIO- falo colocando a mão no coração.
Vini: desculpa, só vim avisar que a Lice vai ir com você- fala rindo da minha reação.
Eu: tá bom, estou doida para rever as minhas amigas- falo empolgada.
Vini: então se arruma rápido. Ouvi que a alcatéia toda vai lá ver quem foi o louco que desafiou o chefe dos soldados- fala com um sorrisinho de lado.
Eu: é louca- falo e começamos a rir- agora deixa eu me arrumar- falo o empurrando para fora, delicada eu né.
Vini: tá bom tá bom, não precisa me expulsar- fala levantando as mãos em sinal de rendição.
Eu: desculpa a minha delicadeza- falo com ironia- tchau e beijos- falo fechando a porta, mas antes ele ainda consegue me dar um selinho. Fecho a porta e vou pro banheiro. Faço as minhas higienes e tomo um banho, coloco essa roupa:

Minha roupa é um pouquinho inapropriada para lutar, mas não ligo. Tomo meu café e fico mexendo no celular enquanto espero a dondoca da Lice. Quando vejo ela descendo as escadas eu falo:
Eu: até que fim- falo levantado do sofá e indo em direção a porta.
Lice: pode parar que eu nem demorei tanto assim- fala dando de ombros.
Eu: vamos?- pergunto olhando para Lice e ela assente. Quando já estamos caminhando pela alcatéia resolvo contar sobre a noite passada.
Eu: ontem eu reencontrei meu irmão e os meus cunhadinhos- falo com um sorriso no rosto.
Lice: e o Victor?- pergunta um pouco relutante e meu sorriso vai sumindo aos poucos.
Eu: também vi ele- falo de cabeça baixa.
Lice: você gosta dele?- pergunta com um sorriso de canto.
Eu: eu não posso falar que não sinto nada por ele porque estaria mentindo. Mas o que ele fez comigo não é uma coisa boba. Ele me insultou na escola por eu não ter me transformado com a idade "certa" como todos os outros e ainda me rejeitou como sua companheira- falo e sorrio fraco.
Lice: ele é um idiota. Mas não teria como vocês conversarem?- pergunta com esperança na voz. Ela sempre falou para perdoar Victor e conversar com ele. Pois ele é minha "alma gêmea", e sério eu queria que fosse fácil assim o perdoar.
Eu: você acredita que ele acha que você é minha filha junto com o Lipe?!- falo rindo e tentando mudar de assunto.
Lice: sério isso?- pergunta incrédula- e como eu te conheço você confirmou, não foi?!- afirma mais que pergunta.
Eu: como você me conhece minha filha linda- falo debochando de sua cara.
Lice: só quero ver como vai ser a reação dele quando souber- fala começando a rir junto comigo.
Eu: e você vai ver, olha chegamos- falo apontando pra arena: