Louis não tinha medo de morrer. Porém, a fúria nos olhos de Harry o amedrontou. A morte poderia ser lenta e dolorosa. Ridículo para quem não temeu ser enforcado? Sim, mas anteriormente esteve preparado para tudo, agora não.
Sexo.
Esse era o diferencial. Agora que sabia o que era bom, não queria voltar sem ter mais daquilo. Não era como se ele encontrasse satisfação em cada esquina. Precisava sentir tudo aquilo de novo, e de novo e de novo.
- Você o quê? - Harry gritou furioso.
Bateu a porta do móvel. Louis se encolheu. É isso. Ia ser morto, naquele momento. O sono, a raiva e o desespero de Harry seriam concretizados naquele ato: seu estrangulamento.
Ele não reclamava que não era notado por ninguém? Pois é, ia aparecer na TV. Em rede nacional. Provavelmente pelos próximos dias. Talvez próximas semanas. Sexo e morte sempre davam audiência.
Quando era criança a mãe sempre dizia: - Louis, meu filho, não brinca com fogo, é perigoso.
Pois é, deveria ter aconselhado também a não sequestrar o filho do seu chefe, mas sabe como é, o pais nunca são capazes de dar uma educação plena aos seus filhos. Sempre fica faltando alguma coisinha. Não é que Jay se esqueceu de dizer a ele que não podemos sequestrar as pessoas? Por isso agora ele estava naquela situação.
Culpa da mãe dele.
Desde o início daquela armação, era primeira vez que o rapaz hesitava, mesmo quando ele estivera com a corrente em volta do frágil pescoço num aperto que quase lhe roubou a respiração, sabia que Harry não teria coragem de machucá-lo. Era compreensão. Do mesmo jeito que compreendia sua perda total de controle agora.
A raiva do homem era palpável. No momento ele era a personificação da fúria. Lembrava uma escultura que uma vez Louis visitou numa galeria de artes quando era criança. Seu bicho papão particular chamava-se: A Ira Do Zeus.
Os lábios prensados numa linha fina, os olhos semicerrados, os cachos bagunçado. Nu. Ele sentiu medo. Como sentira quando era criança. Porém não era aquele medo apavorante. Era o medo de quem assiste a um filme de terror. A excitação que faz o sangue correr mais rápido em nossas veias, a ansiedade pelo próximo passo do assassino.
A obra de arte o impressionara a ponto de povoar seus pesadelos por várias noites. O poder que aquela postura furiosa representava. Entretanto agora, evocava um desesperado desejo. O mais profundo e carnal desejo. Queria ele irado. Incontrolável.
Era oficial, Louis Tomlinson era um completo louco pervertido, sem noção alguma do perigo. Um volume começava a crescer contra a toalha de banho na qual estava enrolado. Medo e desejo. Combinação poderosa.
Alheio a sua perturbação, o rapaz veio caminhando com a mesma graça de um animal selvagem. No último metro as correntes impediram de alcançar Louis, ele se encontrava espremido contra a parede.
- Tomlinson. - chamou com aparente suavidade. Essa era a voz que tanto o perturbava. Rouca, persuasiva, quente.
- O q-quê?
- Venha até aqui. - pediu com o seu sorriso mais sensual, camuflando falsamente a ira, o que tornava tudo ainda mais excitante. Foi nessa hora que seus neurônios fizeram um pacto suicida e deram cabo da própria existência. Mas ainda lhe restou o senso de autopreservação.
- N-não.
- Por que não Lou?
- P-por quê...
- Uhn? - Ergueu as sobrancelhas numa expressão interrogativa que era muito sexy. Dava vontade de lhe explicar direitinho o que ele queria saber. De preferência sentado em seu colo, com a boca bem próxima da sua. O aluno e o professor.
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Thirty Days With Louis
Random❝Louis sabia como enlouquecê-lo. Se conseguisse sair vivo desses trinta dias, seria um herói.❞ [{Adapted by larryexception.}]