Acordou sozinho. Louis estava sofrendo com a insônia outra vez. Levantou-se e o procurou pela casa. Ele estava diante da janela da sala, concentrado na escuridão. Nem percebeu sua aproximação.
Envolveu-o em seus braços, as mãos penetrando em seu roupão, para em seguida aquecer a pele de sua barriga. Sentiu seu desejo se renovar.
— Como eu posso dormir com a cama tão fria? — ele sussurrou uma voz rouca em seu ouvido.
— Algo me diz que o Hazzinho não tem planos de dormir.
— Isso porque ele como todo pequenino, precisa ser colocado para dormir. — disse mordendo de leve a orelha do homem.
— Ele não tem nada de pequenino, mas talvez eu possa ajudar. — disse sorrindo e entrando na brincadeira.
— Eu acho que sim. — Harry concordou.
E ao contrário do que Louis esperava, ao invés de virar-lhe o corpo, ele o pressionou contra a janela de vidro. O tom de brincadeira foi substituído por outro mais urgente. Harry arrancou-lhe o roupão com um pouco mais de brutalidade e rapidez que o esperado. Seu corpo encostou-se ao dele.
— Isso não vai ser suave. — o rapaz informou.
— Eu posso lidar com o "não suave".
Não foi mesmo. O rosto do menor foi prensado contra a parede a cada impulso do corpo masculino dentro de si. Sobre si. Mas isso não o tornou mais delicado. Pegando-o pelos cabelos para um beijo devastador, impregnado de desejo.
Continuou bombeando em seus quadris até que o orgasmo veio. Não houve tempo para recuperação. Harry saiu do interior de Tomlinson e o virou para si:
— Agora quero ver o prazer em seu rosto...
Largados no sofá, ainda ofegante, Harry levantou-se um pouco e olhou nos olhos de Louis.
— Sonhei com você. — confessou.
— Sonhou? O quê?
— Eu não sei, foi confuso e quente. Isso me deixou aceso. Quando acordei e você não estava lá, achei um crime. — pegou o roupão e começou a enxugar o suor do corpo dele — Hazzinho não gostou nem um pouco. Eu nunca tenho o suficiente de você.
Não era possível. Louis estava com o corpo arrasado e ainda conseguia ficar excitado com as palavras dele. Num futuro próximo ia precisar de tratamento em uma clínica para viciados em sexo.
— Quero ouvir você gritar meu nome, Tomlinson, agora.
Tomou seu membro. Abocanhou de uma só vez. Harry estava voraz. Outra marca.
— Harry! — ele gritou num misto de dor e prazer.
— Quer que eu pare?
— Não!
Ele riu.
— "Eu não ia parar mesmo."
Louis riu também da citação, mas não por muito tempo. Harry seguiu por seu corpo, descendo em busca do que mais queria: sua língua dentro dele.
— Oh, Harry...
Aquele era o seu lugar. Será que Harry não via? Será que era tão burro que não percebia que eram um do outro? Talvez Harry soubesse... Aquilo o destruiu. Destruiu qualquer reserva que Louis pudesse ter. A sensação era a perfeição. Era tudo o que Louis queria. Seu corpo, seu coração estavam cheios demais de sentimentos. Sentimentos que ele era incapaz de controlar.
Mordeu o lábio para não gritar. Seu orgasmo veio num caleidoscópio de sensações intensas demais para controlar. Seus olhos estavam abertos, mas ele não enxergava, sua pele formigava sob as sucessivas ondas de prazer, sua garganta apertava o ar preso ali. E um grito de alívio também. Sentia que ia sufocar. Logo percebeu que Harry o abraçava forte.
— Está tudo bem, Lou, só me diz onde dói.
Porque Harry estava perguntando se ele sentia dor? Seu corpo tremia demais. Agradeceu por estar deitado. Não teria condições de andar. Louis o abraçava forte, mesmo sem saber como foi parar em seus braços. Não o tinha visto se levantar. Dor? Louis não sentia dor. Talvez mais tarde.
Então ouviu soluços. Seus próprios soluços.
— Me diz Lou, onde dói? Fala o que eu fiz. — a voz do Styles era de pura preocupação. Angústia.
Chorava. Nem sabia o porquê chorava, só que não podia se conter. Precisava extravasar as emoções de alguma forma.
— Me diz Lou, onde dói, por favor...
Parecia que Harry ia chorar também. Louis tentou falar, mas os soluços não permitiam. Logo foi levado para a cama. Como um médico, Harry examinou cada centímetro de sua pele, começando pelo sexo, pernas, braços, só parando em seu couro cabeludo. Quando percebia alguma marca em sua pele, fazia uma careta. Depois do exame, saiu do quarto. Não demorou muito a retornar.
Entrou no quarto trazendo uma camisa onde enrolara umas pedras de gelo. Louis já estava mais controlado, embora ainda não confiasse na própria voz. Tinha enxugado o rosto. Harry começou a pressionar as marcas vermelhas e roxas em sua pele. A frieza do gelo o fez ficar excitado novamente.
Louis gemeu. Queria mais. Não era possível, mas ele queria por para fora todos os seus sentimentos, já que não podia verbalizá-lo.
— Dói? — ele perguntou, achando que seu gemido vinha do "machucado".
— Não Harry, eu estou bem. — falou num fio de voz.
— Mas...
Louis precisou se explicar:
— Eu não chorei por que estou machucado. — falou com mais firmeza — Eu chorei porque essa foi a coisa mais intensa de minha vida e a única forma de extravasar a sensação era chorando. Mas eu estou bem. Estou ótimo.
Harry olhava para ele com a camisa cheia de gelo nas mãos. Boquiaberto.
— Sabe o que é pior? Eu ainda quero mais. Muito mais.
Puxou o corpo grande para o seu abraço. Dessa vez ficaram próximos, os corpos completamente colados. Harry o olhava nos olhos. Puxou o homem para si. As pernas encaixadas, sua boca na testa dele e os cabelos castanhos espalhados no travesseiro. Deitou de lado sem soltá-lo.
O tempo passou silenciosamente. Harry, satisfeito, inspirou profundamente:
— Morangos. — ele resmungou antes de cair no sono.
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Thirty Days With Louis
Random❝Louis sabia como enlouquecê-lo. Se conseguisse sair vivo desses trinta dias, seria um herói.❞ [{Adapted by larryexception.}]