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[N/I] Eu não revisei, então é provavel que esteja cheio de erros, então me desculpem desde já. Boa leitura xx

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Harry se acostumou por tanto tempo com as relações onde não havia sentimentos envolvidos, ao menos de sua parte, que naquele momento estava perdido. Estava enganando intencionalmente o menor. Sabia que se falasse de seus desejos agora ele iria sair correndo. Seu plano era simples: seduzir Louis Tomlinson.

Propositalmente, apesar do acordo de colaboração mantinha uma tensão entre eles. Não queria se tornar seu amiguinho. Queria manter o controle de seus desejos. Simples assim. Mas Louis era escorregadio. Buscavam temas amenos para as conversas. Eram como dois guerreiros que mesmo despidos ainda conservavam armaduras invisíveis. Armaduras emocionais.

Louis em absoluto era o que Harry imaginara. Conheciam-se há quase vinte anos, mas a cada dia que passava em sua companhia percebia o muito que tinha a aprender com e sobre aquele homem. Em meio a tantos medos e questionamentos, algumas coisas penetravam a muralha que fortemente protegiam os sentimentos: Louis o divertia, o desconsertava, enraivava, o excitava e mais do que tudo, o surpreendia.

Talvez por isso a tensão agora. Era perfeito demais como as coisas se encaixavam. E perfeito demais nunca precedia boa coisa.

Estava viciado, quanto mais tinha dele, mas queria, nunca tinha o suficiente, não apenas de sexo, mas de seu sorriso, seu cheiro, seu mau humor... Era divertido até mesmo quando se tornava rabugento.

Louis tinha segredos, Harry sabia. Ele também tinha os seus. Teria Louis condições de entender e aceitar tudo o que ele escondia? Louis amava seu pai, disso não havia dúvidas, portanto, quando a verdade fosse revelada que lado escolheria? Como seria a vida de Harry então?

O dia estava amanhecendo e mais uma vez Harry acordou primeiro. Preguiçosamente se arrastou da cama. Louis nem ao menos se mexeu, ainda dormiria mais algumas horas, não tomara remédios para dormir, porém, sua noite fora agitada. E o dia anterior também.

Tomou um banho relaxante e mais uma vez pensou em sua situação. Tinha aceitado de bom grado ser o objeto sexual de um homem que tomava antidepressivos e remédios para dormir. E estava adorando cada segundo.

Sequestrado para o prazer de um homem mentalmente instável.

Nunca havia se divertido tanto em sua vida. Vivia uma liberdade única de velho adolescente irresponsável.

30 dias de sexo sem compromisso. Estava louco.

Tudo bem, não era que Harry fosse um cara puritano ou coisa assim, mas Louis também não era desconhecido, era alguém próximo, melhor amigo de sua irmã. Secretário e protegido de seu pai. As explicações futuras seria um terreno espinhoso. Mas não queria pensar nas coisas deixadas fora daquela casa. Queria ser irresponsável e viver o momento, como há muito não fazia.

Não queria pensar nos segredos bem guardados. Não queria falar de amor, era só sexo. Nada de trabalho, nada de família e preocupações, só sexo. Lazer e diversão irresponsável.

O tímido amigo de infância tinha sequestrado o jovem arquiteto para sexo, o que acabou de uma vez com sua falsa ilusão de conhecer as pessoas. Tímido? Só nas fantasias. O que mais o chocava é que a fantasia do moreno não era uma dessas copiada de filmes ou novelas, não havia imposições ou regras, a não ser uma: ele mandava. Era erótica a forma como Louis mandava nele. E Harry obedecia. Cegamente. Ou quase.

No começo fora interessante, mas logo Harry sentia que precisava do controle. Para seduzir alguém era necessário exercer algum tipo de controle.

Entendia que estava diante da única pessoa com quem poderia ter uma chance de ser feliz, mas o refém precisava convencê-lo disso. Conhecia bem as pessoas e sabia que estava diante de uma que não acreditava em finais felizes. Até ser sequestrado, ele também acreditava que não.

Thirty Days With LouisOnde histórias criam vida. Descubra agora