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Medo. Harry viu um medo profundo no olhar do mais velho e percebeu quando ele se fechou emocionalmente.

Um homem esperto teria calado a boca e pensado no que aquilo significava, mas Louis tinha medo. Medo de se arriscar. Não ia deixar que aquilo acontecesse. Estavam num caminho sem volta.

Jogando a coberta de lado, Louis levantou-se e parou diante dele num claro desafio:

— Não faça promessas que não pode cumprir. Não me iluda. Você não é o tipo que se prende a ninguém.

— Louis, eu não estou fazendo promessas, eu estou abrindo possibilidades, acho que nós-

— Acha nada. Você não acha nada Harry, você está aqui por apenas um propósito: me foder por um mês inteiro. Sexo. Qual seu problema com apenas sexo? S-e-x-o. Por que você sempre precisa do controle? Por que você precisa iludir? Droga. Sem promessas. Supere seu momento "emo" e faça o que tem que ser feito. Só isso.

Em seu discurso, Louis tinha se levantado e estava parado diante dele com os braços cruzados. Harry se aproximou não recuando ao desafio e subitamente, fazendo-o consciente de seu tamanho intimidante pela primeira vez. Harry era uma cabeça mais alto que Louis. Sua expressão transbordava raiva.

— Muito bem. Seu desejo é uma ordem, depois não reclame. Vamos continuar nosso joguinho de senhor e escravo.

Foi arrastado pelo braço para o quarto.

— Deite-se e me aguarde. E eu não quero ouvir sua voz pelo resto da noite. Já falou muita besteira para um só dia. Mais uma coisa. Quando estiver deitado quero suas mãos a partir de agora, cruzadas atrás da cabeça. As pernas sempre abertas a minha espera. E da próxima vez que abrir a boca, só o faça para pedir que eu pare se não aguentar comigo.

E saiu do recinto.

Styles esperou por quase meia hora e à medida que o tempo passava, ele pensava. Louis não estaria com medo se seus sentimentos não estivessem em risco. Possivelmente estava fazendo toda a força do mundo para mantê-lo fora do seu coração. O que fazer para quebrar as suas resistências? Louis era teimoso, autoritário e potencialmente defensivo. Ia penar até que ele compreendesse uma única verdade: nasceram um para o outro. Louis queria seguir com o plano? Harry pretendia lhe mostrar o plano. Teria que provocá-lo até que Tomlinson perdesse por completo a razão.

Entrou no quarto decidido.

— Harry...

— Não lhe dei permissão para falar. Também não foi nessa posição que te deixei. Se você não consegue cumprir uma ordem simples é só me dizer. E nós jogamos um jogo que seja mais fácil para você.

Louis não sabia lidar com a ironia. O Styles pai vivia se aproveitando disso. E agora, de certa forma o filho também.

Vencido, abaixou o olhar e adotou a postura que Harry tinha indicado: mãos sob a cabeça, pernas afastadas. O que foi incomodo, já que estava nu.

— Bom garoto.

Sentou-se na cama e o observou dos pés a cabeça. Suas mãos foram para o abdômen do menor. Acariciou o umbigo, desceu para a virilha, depois seguiu o caminho inverso, o peitoral, até pescoço.

— Nós vamos começar um jogo novo agora. Ele se chama: "Lou não pode gozar". Preciso explicar alguma coisa?

Louis negou com um aceno de cabeça.

— Muito bem. A título de informação, se você não conseguir, ganha mais um dia no castigo.

Louis o encarou sem esconder à revolta.

Thirty Days With LouisOnde histórias criam vida. Descubra agora