Tonta de emoção, quando finalmente a roda gigante parou para que eles saíssem, as pernas de Jaíne estavam bambas. A culpa não era do brinquedo, mas o culpou mesmo assim. Era mais fácil do que analisar o buraco incandescente do peito que se contorcia.
— Você quer um sorvete? — Leander perguntou, próximos de uma barraquinha.
Jaíne sentia seu estômago embrulhado, mas fitou o pobre moço da barraquinha. Ele parecia ansioso em vender, então esqueceria da sua dieta low carb.
— Um pequeno e de chocolate — murmurou.
— Boa noite, amigo. Eu vou querer um sorvete de chocolate pequeno, por favor — Leander a soltou e encostou o braço na carrocinha — Está vendendo muito hoje?
— Até que estou vendendo hoje, mas só hoje, pois essa semana inteira fez frio. Aí você já sabe, não é mesmo? Ninguém quer sorvete quando se está mais frio que um picolé na rua.
Leander assentiu para ele, enquanto pagava e transmitia o sorvete das mãos do vendedor para as de Jaíne.
— Boas vendas hoje então.
O vendedor deu um sorrisinho.
— Obrigada. Boa noite com a sua garota.
— Valeu, cara — Lee acenou para ele, enquanto colocava o braço nos ombros dela.
Jaíne lambeu a sobremesa e gemeu.
— Que delícia. Você quer?
— Não. Eu não posso comer besteira durante os treinos — esclareceu.
— Você sempre está treinando. Como você consegue treinar e gerir a Seventeen ao mesmo tempo?
— Eu acordo bem cedo, às 5h. Treino seis hora por dia, de 6 a 12h. Almoço e resolvo tudo da empresa de tarde — Jaíne comia o sorvete enquanto o ouvia.— Tem também o campeonato. Acho que vou ter que contratar um CEO para cuidar da empresa.
— Que campeonato é esse?
Leander fitou o chão enquanto eles caminhavam na direção da saída do parque.
— Eu ainda não aceitei, mas tenho que dar uma resposta logo.
— E porque você não aceita? Está na cara que você quer.
— Não é tão simples.
— O que não é tão simples? Você parece bem para mim nos treinos.
— O problema não é esse. O campeonato vai ser na Rússia.
— Há — murmurou ela, se sujando com o resto dos sorvete na mão.
Deu uma corrida até a lixeira e jogou o resto da massa grudenta lá. Leander pegou um guardanapo de uma carrocinha vizinha com um sorriso para o vendedor e a entregou.
— Então você vai para Rússia — repetiu Jaíne, enquanto limpava as mãos ansiosamente.
— Se eu aceitar sim.
Mais calma, Jaíne confiscou o rosto dele.
— Quanto tempo dura o campeonato?
— O campeonato dura um mês, mas a estadia dura uns seis meses. Eu teria que treinar com o técnico da seleção brasileira por uns quatro meses antes — explicou ele — o carro está ali, vamos.
Ele segurou seu cotovelo e levou até o carro preto e branco reluzente.
— Então é por isso que você ainda não decidiu? — Jaíne perguntou.
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Lute por nós
Storie d'amoreHá pelos menos cinco razões pelas quais Jaíne e Leander nunca vão dar certo. Primeiro, ele é um lutador profissional e empresário bem sucedido e ela é apenas mais uma funcionária dele, que acaba de terminar um longo relacionamento e não quer se apeg...