Ela era estranha e aquela situação era fodida.
A ruiva dormia agora no meu quarto de hóspedes portando com certeza um passado fodido o suficiente para tentar suicídio.Hope parecia com tudo, menos com o significado de seu nome.
Ela chorava quando dormia e eu acabava por ficar agoniado de mãos atadas por não saber o que fazer.
— você está maluco, kyle?— minha mãe perguntou.— está louco? Trazer uma desconhecida para outra cidade, para sua casa? E se ela for uma criminosa!? Voçê sabe que podem te acusar de sequestro!
— ela não é criminosa e parece maior— mexi o copo de whisky o encarando.
— como sabe? E parece maior?! Voçê nem sabe se o nome dela é assim mesmo.
— mãe ela não é criminosa. Hope só precisa de ajuda.
— e tinha que ser de você?
— não foi o que me ensinou?!
Minha mãe suspirou olhando para a porta e passou as mãos nos cabelos. Me virei e encontrei a ruiva segurando seu corpo contra o lençol um pouco manchado.
Seus olhos me encontraram assustados e eu pulei do sofá.— estou sangrando.— falou baixinho.
— chame o médico mãe!
Eu a segurei no colo a levando para a cama. Ela gemia de dor e seus olhos me agoniavam.
— eu não posso perder meu bebê, kyle. Me ajuda.
— eu vou. Eu vou te ajudar. Fica calma.
— eu não posso.
Eu tentei acalma-la até que o médico chegasse.
Milles entrou e fez todos os procedimentos e quanto eu encarava de longe.
Minha mãe apareceu no quarto quando ele já saía.— então?
— foi estresse, cara. — ele respondeu.— ela tem passado por algo muito forte para esse momento colocando a gravidez em risco.
— então ela não perdeu o bebê?
— não, mas precisa ir ao médico. Ela precisa ir ao hospital onde podemos fazer exames mais certos. Pré natal e todas essas coisas.— Milles me encarou. Com certeza não estava entendendo nada.
— vou fazer uma sopa para ela.— mamãe falou.
— ela não irá acordar hoje. Eu dei um calmante para ela.
Levei Milles na porta e ele me encarou.
— eu sei o que está pensando. O filho não é meu.
— eu sei, mas Malia sabe?
— não cara. — suspirei passando as mãos nos cabelos.— eu a salvei de um afogamento que aparentemente era proposital.
— o que? Ela estava se suicidando? Grávida?!
Assenti exausto e ele me encarou petrificado.
— e o porque?
— não sei. Ela não me contou. Não a levei para o hospital porque não quis. Ela estava assustada cara, algo grave aconteceu pois ela chora muito e principalmente se falar no pai.
— talvez ele a abandonou.
— é pode ser. Mas eu preciso que marque uma consulta para ela com outro nome.
— você está louco? Nem a conhece! E eu não posso fazer isso!
— por favor cara.
— e sem documentos? Não dá, Kyle.
—Milles, cara, pela nossa amizade.
Ele me encarou por um tempo com aquele ar de desconfiado. Soltou o ar lentamente num suspiro e assentiu.
— olha lá onde se mete. Malia é ciumenta o suficiente.— falou e assenti. Minha cabeça latejava. — leva ela amanhã de manhã. Ela precisa urgente de exames e acompanhamento mais preciso. Talvez até psicológico.
Assenti.
Passei no quarto dela a encarando dormir serena. Me aproximei encarando seus cabelos ruivos espalhados pelo lençol branco e sua respiração calma.
Ela era realmente linda, mas seus olhos demonstravam uma dor imensa e eu queria tirar isso dela.• Qual foi a primeira impressão que nosso menino deixou?
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HOPE || Primeiro Livro
RomansaLivro #1 - completo Hope Warn é uma jovem apaixonada. Um fantoche em sua casa, Hope é filha de grandes empresários muito influentes em Washington. Quando descobre uma gravidez do jardineiro de sua mansão, tenta enfrentar a mãe querendo ficar com o...