Dezoito

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Eu prestava atenção em tudo o que a minha supervisora encarregada de explicar meu trabalho fazia e dizia. Pâmela, era o nome dela e ela era muito simpática e paciente.


Eu anotei tudo o que ela disse para não me esquecer e comecei meu trabalho juntamente com Liv.


Fiquei feliz dela ter conseguido o emprego.



Meu trabalho era controlar a agenda de Eric Cooke, outro advogado da empresa e ajudá-lo em tudo praticamente.



Cheguei em casa e como era quarta, Donna estava lá. Ela havia limpado a casa e feito o jantar seguindo todas as mudanças que dona Grace fez para que segui-se minha dieta recomendada pela médica.



Tomei um banho sem molhar meu cabelo o prendendo sobre a cabeça num coque mal feito e vesti meu pijama indo para cozinha com Kyle.



- você tomou suas vitaminas?



- eu esqueci de colocar na bolsa. Vou tomar agora.- abanei o frasco na mão.- a Donna já foi?



- sim, ela saiu agora.



- e sua mãe?



- deve estar em casa ou da Meredith.



Nos jantamos sentados no chão da sala procurando por alguma coisa para assistir.



- você chegou a falar com Malia?



- hurum.- ele meteu uma garrafa na boca.



- está tudo bem?



Eu realmente não queria que brigassem. Já havia causado demais.



- mais ou menos. Malia me tira do sério.



- ela tem razão do que disse. Você está morando com uma estranha.



Ele me encarou e negou virando a atenção para a televisão.



- você não é mais uma estranha.



- eu nunca disse nada de mim a não ser aquelas palavras soltas que falei.



- eu espero.- o olhei.



Eu queria contar. Eu queria mesmo, mas ainda aquilo era muito vivido em minha mente e cada vez que eu falava doía. Era como se eu coloca-se o dedo na ferida de propósito.


Helen está me ouvindo e me ajudando nesse quésito. Ela diz que eu tenho que deixar as coisas irem e principalmente deixá-lo. Que eu tenho que parar de sentir culpa e ver como um plano de Deus ou destino. Ou algo que tinha que acontecer.


Mas não posso parar de pensar que se eu nunca tivesse enviado aquele bilhete ele estaria bem. Triste, mas vivo.



Eu tinha sonho e pesadelos. Aquilo sempre estaria em minha memória e como ela diz, eu tinha que me focar em algo. O trabalho havia ajudado, as aulas de yoga para grávidas também. Mas sempre quando você está no escuro eles voltam.




O resto da semana foi algo de adaptação.


O trabalho ia bem e estava conseguindo meu objetivos com a supervisora e Eric que também não reclamava.



Eu fui as aulas de yoga na sexta, após o trabalho e iria adaptar a aquele horário, mas a diferença de o de mais cedo é que aquele horário os pais vão com as mamães já com mais tempo de gravidez.


No dia seguinte de manhã eu tive consulta com a Helen e contei todas as minhas novidades e sonhos. Eu ainda tinha que batalhar muito para alcançar, mas eu chegaria lá.

HOPE || Primeiro LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora