Dezassete

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Hope estava uma pilha

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Hope estava uma pilha. Ela acordou às seis e meia da manhã se apontando e eu tive que me levantar também. Quando estávamos todos prontos não tínhamos nada para fazer, eram sete e meia e ela me faz sair de casa a aquela hora dizendo que tinhamos que chegar cedo.
Claro que fomos uns dos primeiros a chegar pois a maioria chegam as oito ou então minutos para.

Mas aquela ruiva estava elétrica.
Ela não sabia o que vestir mesmo tento escolhido na noite anterior e nem como se pentear.

Ficamos conversando até que a supervisora chega-se e logo atrás vinha Olívia que só não soltou um gritinho pois a viu.
Pâmela passou todas as indicações para elas de como seriam seus trabalhos e as levou no primeiro andar onde elas trabalhariam como secretárias de outros advogados.

Entrei em minha sala começando o meu trabalho e finalmente pude me focar. Teria um julgamento mais tarde quase na hora do almoço e tinha que rever tudo para que não fique nenhum furo na minha acusação.

Às dez e pouco, Malia entrou na minha sala e despertou minha atenção porque bateu a porta com força.
Levantei meu olhar e franzi o cenho.

— é ela não é? Ela está grávida e ainda você usou o meu nome para que eu não descobri-se! Você mentiu para mim de tê-la salvado e a engravidou e ainda por cima arranjou emprego para ela, Kyle!

— você está louca? De onde tirou isso?

— eu a vi, desfilando pela empresa.

— o trabalho foi mérito dela, Malia. Hope conseguiu porque procurou muito. Eu não a ajudei em nada.

— e o bebê? E o meu nome no hospital? COMO VOCÊ TEVE CORAGEM?!

— não grita!— me levantei.— aqui é o meu local de trabalho e eu não vou discutir isso aqui com você.

— VOCÊ ME TRAIU!

— EU NÃO..— respirei fundo.— eu não traí.

— é? Está dizendo que ela está desfilando por aqui e ali na sua vida e nunca houve um beijinho? — ela riu de escárnio.— me poupe, Kyle. Eu vou arrancar o cabelo dessa cabra.

Ela tentou sair e eu a puxei para dentro batendo a porta novamente. Encarei Malia sério e tentando me controlar.

— para com isso. Eu não te traí, ela é minha amiga, o filho não é meu e tudo que te contei é verdade.

— é? Então você vai fazer o que agora? Vai cuidar dela? Ela vai ficar em sua casa, comer sua comida e a cada dia aquela bola vai aumentar em sua barriga. Ela vai parir o filho lá dentro e você vai fazer o que? Assumir?!

— Malia..

— ela é uma aproveitadora, Kyle. Será que não vê?! Até a cor do cabelo dela deve ser falso.

— você não toca nela. — falei pausadamente.— vai para casa, ou trabalhar sei lá. Depois conversamos.

— eu não quero conversar. Porquê você não mandou ela para a casa da sua mãe? Ou uma pensão?

— é tão difícil você acreditar que pessoas precisam de ajuda e ajudá-las.

— eu não entendo porque insiste em mantê-la em sua casa. Em cuidar dela. Ela não é responsabilidade sua, Kyle.

— eu não posso explicar, Lia. Eu só sinto que tenho que a ajudar. Foi em mim que ela achou apoio passando por aquela situação.

Ela riu novamente e se soltou.

— eu espero que tenha ouvido tudo o que falou já que não pode ver sua cara de idiota.

Ela saiu da sala tão rápido como entrou e eu soltei o ar pesado pelo nariz.
Afrouxei minha gravata e me sentei tentando continuar meu trabalho interrompido.

Depois do almoço o julgamento havia acabado e voltei na empresa para procurar Hope, mas ela tinha saído com Olívia para almoçar.
Liguei para minha mãe para explicar o porquê dela não estar em casa e ela ficou muito feliz em saber do emprego.

Eu não a vi o resto do dia quando voltei para a empresa mas na hora de saída elas apareceram em minha sala.

— posso entrar?

— claro.

— nossa sua sala é chique!— Olívia entrou olhando tudo.— viu nossa sorte? Conseguimos o emprego juntas!

— é vocês precisam comemorar.

— eu quero é comer.— a ruiva se sentou tirando os saltos.— preciso agendar minhas consultas com a psicóloga em sábados.

— eu liguei para lá para avisar. Sabia que você ia esquecer da maneira em que saiu de casa pulando.

— obrigada.

— então vamos?

HOPE || Primeiro LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora