Oito

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Eu não conseguia me concentrar

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Eu não conseguia me concentrar.
Tinha casos para estudar e eu realmente não conseguia me concentrar e tudo foi por água a baixo quando o furacão Malia entrou anexo minha sala.

— amooooor!!

— fala baixo, Malia, aqui é um escritório de advocacia não seu salão de manicura.

— eu hein! Que mau humor logo depois de viagem.

Era falta de paciência mesmo.

Ela deu a volta a minha mesa e se sentou no meu colo me beijando.
Porém eu estava estressado, cansado e com a mente cheia. Eu queria muito chegar em casa e tomar um banho caindo na minha cama e acordar só o próximo ano.

— que foi? Está cansado? Eu posso fazer algo que o faça relaxar.

Malia e eu nos conhecemos na faculdade. Ela fez moda e eu advocacia. Nós namoramos desde então.

Ela trancou a porta e fechou as persianas sorrindo maliciosa para mim.
Começou a tirar a blusa lentamente, botão por botão e quando a mesma caiu no chão eu engoli em seco.
Ela andou até mim e se colocou entre minhas pernas ficando de pé. Levou minhas mãos até sua cintura e subiu pela barriga até os seios onde eu apertei e ela sorriu.

— eu sabia que isso te deixaria animado, amor. Sempre deixa.

Acabei por jantar com Malia ali mesmo no escritório. Ela não me deixou sair e mesmo que eu não goste de fazer isso no trabalho, aquilo me relaxou mesmo.
Quando ela insistiu em vir dormir comigo eu neguei e quase a pus para fora do carro, em frente ao seu prédio.
Eu não havia contado sobre a ruiva e com a dor de cabeça que estava insistindo em ficar, Malia faria ela aumentar assim que descobrisse.

Tomei um banho e vesti algo fresco. Minha mãe estaria em casa a aquela hora, então perguntei como foi o dia delas quando notei que a ruiva já dormia tranquila.

Troquei algumas mensagens com Milles e acabei por convidá-lo para me acompanhar com o vinho.
Eram passadas das dez quando ele chegou. Abri a porta e ele entrou com uma garrafa de whisky na mão.

— acho que você precisa de algo mais forte.

— acho que precisaria disso quando for contar para Malia que tenho uma mulher grávida em minha casa.

— por caridade.— ele falou.

— caridade não.

— então é o quê?

Ele sorriu com meu silêncio e entregou o copo cheio.

— me conta a história dessa ruivinha.

— não sei quase nada!

— como a achou?

— eu estava surfand, curtindo meu último dia em San Diego quando notei uma coisa na água. Eu até pensei que fosse algum bicho, mas acabei notando que era uma pessoa. Eu nadei até ela, e a puxei. Fiz respiração boca a boca, massagem cardiaca e ela voltou tossindo e chorando.

— que porra?

—ela não quis ir para o hospital e implorou para que eu a trouxesse comigo.

— tem certeza que ela não é uma fã da Malia que te usou para tirar uma casquinha da idola?

— da Malia, Milles?

— sim! Malia é modelo, muito conhecida. Talvez não tão famosa assim, mas ela tem uma certa fama.

Acabei rindo com as besteiras que ele falou e ele me acompanhou.

— ela não é fã não.

— como sabe? Até agora ela pode até ser uma serial killer, uma criminosa ou sei lá.

— cara ela tem cara de psicopata?

Ele riu.

— e desde quando psicopata tem cara? Se bem que ela é bem bonita para uma.

Rolei os olhos.

— ela não é psicopata.

— e agora como será?

— eu não sei, cara. Eu te chamei exatamente para me ajudar dando uma solução ou me fazendo esquecer.

— mas sabe o que vai fazer? Vai sustentar ela e a criança? E a Malia?!

Eu estava cansado de ouvir essa de Malia. Ela poderia bem entender que eu apenas a ajudei.

— ela mesma não quer ficar muito. Falou em arranjar emprego e essas coisas.

— ela tem que repousar também, Kyle. A gravidez dela é fodida.

Assenti engolindo o líquido no copo de uma vez.

— vai ser massa essa situação mas Malia vai entender e também não será por muito tempo.

— disso nem você está convencido.

Eu o encarei e ele deu de ombros rindo. Acabei por rir juntamente com ele, meio sem sentido. Eu estava mesmo fodido com essa ruiva.

Pulei do chão quando ouvi barulhos que aumentaram gradativamente em gritos vindos de seu quarto, com palavras estranguladas. Corri sentindo Milles atrás de mim e abri a porta a encontrando encolhida na cama, chorando.

— ei, ei, ei, o que foi?

Ela chorava sem parar. Soluçava me deixando ainda mais preocupado.

— Hope, porra! Olha para mim.

Ela levantou o olhar molhado, assustado e dolorido em minha direção  e aquilo foi como uma facada.
Como uma estranha me deixava assim?
Eu a abracei e ela me apertou quase me tirando o ar.

— foi um pesadelo?— ela assentiu. Encarei Milles que até havia procurado por algo no quarto, na varanda e no banheiro se no caso alguém havia entrado.— já passou, tá bom? Já passou.

Seu coração batia forte e eu podia sentir contra o meu. Eu sabia que algo muito horrível havia acontecido com ela. Hope parecia destruída e isso refletir em seu olhar. A dor podia ser detectada até pelos seus sorrisos fracos.

— tente se acalmar agora. Pelo bebê.

Me endireitei na cama a trazendo para o meu colo e brincando com seu cabelo. Encarei Milles que se sentou na cadeira de sua penteadeira com sua cara de doutor nos encarando.
Em algum tempo, os soluços cessaram e também as lagrimas. Logo Hope dormiu.

Me levantei lentamente a cobrindo e saí do quarto com Milles.

— essa é uma puta situação fodida.— ele repetiu pela miléssima vez.

— eu fico preocupado com ela e nem consigo me concentrar no trabalho, porra. Eu tenho mesmo que tratar de um psicólogo para ela.

Milles ficou calado.
Me sentei no sofá e peguei a garrafa de vinho a virando de uma vez tentando esquecer aquela cena de desespero dela.

— você ouviu o que ela dizia entre os gritos?

Encarei miles sério e neguei.

— ela mencionou o nome William e depois sua mãe.

• Confesso que não consigo imaginar o Milles como Tyler Posey e sim com o Chuku Modu ( William). Eu até acho que Chuku ficava bem sendo Milles e William, haha.
Me contem quem imaginam nos personagens.

HOPE || Primeiro LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora