Dezanove

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No domingo de manhã fomos para a casa de dona Grace para uma visita. Passamos horas conversando enquanto fazíamos o almoço e Kyle consertava a pia do banheiro.
Ela me contou traquinices dele, me fazendo rir, falou de seus momentos difíceis desde a gravidez sozinha, o nascimento e durante toda a vida dele. Ela me fazia incentivar muito com nossas situações parecidas.

— eu guardei tudo, menina. — ela insistiu.

Após o almoço, dona Grace insistiu que queria me presentear com as roupinhas de Kyle.
Ela tirou uma caixa enorme do guarda roupa com a ajuda dele e tirou a tampa.

— eu já havia deixado tudo preparado para você.— ela falou.

— não era preciso.

— era.— colocou as mãos na cintura e fechou a cara me assustando.— é uma fofura só.— sorriu.

Encarei Kyle que deu de ombros e me chamou para sentar em sua antiga caminha.
Da caixa saiu macacões, sapatinhos, toucas, luvas, meias, babadouros e até brinquedos. Aparentemente tudo não tinha um padrão de cor defendida.

— tem coloridas e cores neutras também não tive tempo de esperar então fui comprando desde o inicio. Ainda fiquei com umas toalhas e lençóis.— levou a mão a cabeça em pensamento.

Meus olhos vidrada naquelas coisinhas pequenas e cheirosas que em pouco tempo pertenceria ao meu filho e do amor da minha vida. Eu queria tanto ver seu rostinho.
Já queria tocá-lo em todo seu corpo pequeno e sentir seu cheiro de bebê.

Quando as lágrimas vieram em meus olhos, eu encantei o olhar e sorri abraçando uma das pessoas que mais me apoiou e ajudou. Uma inspiração de mulher e mãe que me ajudava.

— oh, menina. Não me faça borrar a make.— falou rindo.

— obrigada. Muito obrigada a vocês dois. Eu nunca vou poder retribuir.

Olhei para Kyle atrás dela e sorri. Ele segurou minha mão quando a estendi e a beijou.

— deus queira que eu seja forte como a senhora para fazer meu bebê uma pessoa como seu filho.

— todos precisamos de ajuda, criança. Deus deu para nós e bons de Deus. E eu acho que ensinei meu filho da maneira que pude. Ele sabe o que faz.

Na hora da ida eu coloquei as roupinhas no carro e damos partida para a clínica para mais uma consulta.
Eram quatro da tarde quando fui atendida por Milles e depois pela doutora Carol.
Ela, como ginecologista-obstetra fez minha consulta e depois chamou Kyle na hora da ecografia.

— podemos saber o sexo?— Kyle perguntou e a médica riu.

— o bebê não está em posição, hoje.

Ela franziu o cenho e pressionou um pouco a máquina em minha barriga.

— há uma contração nos músculos, tem feito as aulas de yoga, ou algum exercício?

— sim.

Milles encarou o aparelho por um tempo como ela. Me virei para Kyle procurando relaxar e não me preocupar com aquilo.

— está tudo bem com o bebê, mas precisamos dar uma relaxada mamãe.— ela falou.

— o estresse na gravidez pode causar o nascimento prematuro, devido a essa tensão nos músculos, baixo peso entre outras coisas. Você precisa tentar relaxar mais, comer bem, nada de gordura e muito doce, fazer mais exercício e procurar não se estressar muito. — Milles explicou e a doutora concordou com a cabeça.

— sentimentos muito fortes podem a esgotar e causar o estresse que vai prejudicar no transporte de oxigénio do sangue para o cérebro podendo causar problemas cerebrais e cardíacos.

— o meu bebê, ele..

— está tudo bem, Hope, não é nada que não podemos controlar. Ele está com um atraso no crescimento, mas com alimentação saudável, exercício, as vitaminas e o descanso pode melhorar.

Soltei o ar pesado lentamente e assenti.
Eles saíram da sala para que eu me vestisse e encarei Kyle.

— vai correr tudo bem, ruiva. Só seguir direitinho com o que eles disseram. Sem preocupação, ok?

Kyle beijou minha cabeça e eu o abracei respirando fundo com a notícia. Eu faria tudo direitinho para que meu bebê ficasse bem de saúde.

— ele vai ser fortão como eu, vai ver.— roubou um riso de mim.

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HOPE || Primeiro LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora