Devaneio

Aqui há sentimentos vindos em meio a escória, instantes inteiramente Instáveis do intelecto de uma mente quase sóbria. Cada um contendo consigo a carga ocasionada de uma condição histórica. Agora vá, e usufrua do fruto de minha mente melancólica...

O coração bate forte no peito
Difícil distinguir, se é um infarto ou um acoleijo
Meu pensamento perambula tênue entre à vida e a morte
Um devaneio por vez...
Que vem a cada vez que imagino ter sorte
Seguindo a fita do destino a soltar um grunhido interno
Minha alma vaga a procura de sua gêmea
E contido à mesma vai a mente, meu próprio inferno
Em meio a dores correntes e gemidos
Vejo meus pecados em meu espírito suprimidos
Carregando o fardo da esperança de um dia vê-los redimidos
Por intermédio de minha lucidez, poderei chorar
Mas sei que lá dentro ninguém me ouvirá
Mediado pelo meu pranto, alguém me ajuda-rá?
Me afogo nos pensamentos que vem do âmago do meu ser
Contudo será preciso ir muito mais fundo para, em meio a penumbra, ser possível me ver.