Bajula(dor)

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Talvez não devesse esperar tanto
Não é todo mundo que te dá valor
Não é todo mundo que enxuga seu pranto
Contudo, planto amor e colho a dor
Com grande ardor vem sendo traga
Ardendo tremendamente no fundo de minh’alma
Talvez se tivesse tragado um gole de ácido
Traria um menor estupor
Do que ter entregado o meu amor
Para os trastes
Que me trouxeram uma dose de tremor
Com trezentos sentimentos incolor
Agora vejo que se colhe aquilo que te dão
Esperando por quem não dá a mínima
E não demonstra o mínimo de afeição
Verdadeiro amigo te apunhala pela frente
Então agora sei qual é a razão
Pela qual minhas costas conterem tantos cortes
Sem a menor chance de cicatrização
"Você quer vir?”
Perguntar pra quê?
Já imaginam qual é a resposta
"Não, eu não curto noite de Karaokê”
Um equívoco? Talvez, mas é assim que se padroniza
Pensam que eu tô “lokê”, me esquecem do rolê
"Dê valor a quem te valoriza”
Meu mais querido bordão
E que agora percebi que não o usei direito
Por isso o que me resta é frustração
Uma desilusão, que tem grande ardor
Tudo isso por ser um grande bajula(dor).

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