Por que ainda faço isso?
Insensato, sem juízo
Brinco sem compromisso
Por que ainda remôo?
Remo contra o vento
E a razão, já se foi a muito tempo
Por que ainda sou submisso?
Seria tão mais fácil
Se eu tomasse um chá de sumiço
Por que ainda me importo?
Pronto para pôr-me em meio ao Sol
Mas ao tardar é que me conforto
Por que ainda minto?
Se a partir de mentiras mixurucas
Aproprio meu corpo a ser morto sorrindo
Por que ainda sinto?
Deve ser a fome da alma
Me sinto tão faminto
Por quê… Tantos por quê…
Meu pensamento vaga tênue em meio a penumbra existente
Porque estamos só nós três
Chega a ser irritante
Eu, ela, e minha mente torpe
Em meio a esse silêncio gritante
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Devaneio
PoetrySentimentos vindos em meio a escória, instantes inteiramente instáveis do intelecto de uma mente quase sóbria. Cada um contendo consigo a carga ocasionada de uma condição histórica. Agora vá, e usufrua do fruto de minha mente melancólica. Queria, an...