Carrego comigo a cláusula dele
Aquele que crucificado foi caçado
Cumpriste a carga que cairá compelindo a Terra
Compondo a sinfonia dos que foram arrebatados
Aquele que passou longe da cobiça
Inalcançável e avassalador exemplo injustiçadoManchei, seu nome foi manchado! Oh imaculado!
Comigo comprimindo meu fardo
Esse cálice do qual bebereis
Mesmo distante sinto seu cheiro
O vinho, doce e amargo, o qual com não vivereis
Calo-me consolidando cada gole
Calado confirmo a calamidade contida em meio ao meu próprio caos
Infundido meu tormento compõe meu comportamento que consome o corpo“Iniquidade nunca foi felicidade”
Infelizmente lhe trago o meu trago de amargura
Tragando a tristeza daquele sem fidelidadeAfinal...
“De que serve ao homem conquistar o mundo inteiro se perder sua alma?”
Desamparado não recolho meu amparo em seu amor
Amante da melancolia, mesquinho, me mantenho no massante massacre
Misturo minhas emoções e minto sem labor
Mas já não consigo amar o próximo como a mim mesmoPai sei que perdoas este pecador
Pois se não o fizesse não me faria pescador de homens
Que antes seja feita a sua vontade
Não aguento, não me aguento, estou fardo
Minha vida é fadada ao fracasso físico, essa é a verdade
Sou fraco, quero o fim, quero meu fim terreno
O peso da vida cheira ao vinho e sangue que transporto no ouro
Estou em meio a minha própria calamidade
Leio vossa tríplice, triplico o estupor pela Trindade
Sei senhor que não estou em meu apeci
Mas por tudo, afasta de mim esse cálice.
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Devaneio
PoetrySentimentos vindos em meio a escória, instantes inteiramente instáveis do intelecto de uma mente quase sóbria. Cada um contendo consigo a carga ocasionada de uma condição histórica. Agora vá, e usufrua do fruto de minha mente melancólica. Queria, an...