VINTE E SEIS: "Fogo Selvagem"

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ATENÇÃO: Alerta de capítulo hot!!!

A parte estará em negrito, então, quem não gosta, é só pular! Beijos e boa leitura ;)

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Evangeline sentiu quando foi erguida e colocada sobre o cavalo. Estava meio zonza. Sabia que o corpo de Kevison amortecera sua queda, e por isso não sentia dor alguma, só uma tonteira que tomou conta de seu corpo enquanto estava caindo, e quando abriu os olhos – ou pelo menos tentou –, viu o corpo de Kevison sob o seu.

Agora ela estava montada no cavalo, enquanto Kevison a segurava firme pela cintura e guiava o animal. Estava com a cabeça deitada sobre o peito dele, e quando ergueu de leve o olhar sobre o ombro do conde, viu a torre desaparecer rápido como um flash, cada vez mais longe, junto com sua mãe.

Ainda não estava acreditando no que sua mãe fizera. A empurrara para salva-la, mas e ela? O que Wanda ou Maxwell fizeram – ou estavam fazendo – com ela? Seu peito doía tanto... Não podia perder sua mãe.

Um soluço alto escapou de sua garganta, como se estivesse ali há dias querendo sair; e sem perceber, começou a chorar, porque era a única coisa que podia fazer. Sabia que mesmo se pedisse para Kevison dar meia volta e buscar Charlotte ele não o faria, porque sua mãe também não iria querer que fizesse isso.

Eles cavalgaram e cavalgaram. Eva sabia que se Kevison quisesse chegar à algum lugar, já o teria feito. Mas sabia que o Conde estava dando voltinhas até que falasse para ele que queria voltar e dormir. Mas Evangeline não queria isso agora. Sua cabeça estava cheia demais para poder pensar em dormir.

O tempo passou. Kevison permaneceu em silêncio – o que Evangeline achou muito bom –, e continuou cavalgando, por mais que estivesse bem devagar agora. O céu acima estava mais claro. Mais algumas horas e o sol começaria a aparecer.

Estava adorando ficar deitada sobre o peitoral do Conde, sentindo seu músculo sobre a roupa grossa e seu perfume, tão másculo e forte. E principalmente, conseguia ouvir as batidas de seu coração. Estava mais calmo agora, um ritmo lento e constante; parecia música ao seu ouvido. Mas forçou a cabeça a se levantar e olha-lo nos olhos.

Kevison freou o cavalo no mesmo instante.

Eles ficaram se encarando por longos minutos, a respiração de ambos se encontrando e se condensando no ar gélido. A respiração de Evangeline ficou pesada demais quando o lorde tocou seu rosto com as pontas dos dedos, que correu por seu colarinho até sua bochecha, fazendo arrepios por todo o seu corpo, até chegar em seus lábios. Kevison os acariciou com carinho, suavidade e delicadeza.

Por mais que gostasse não era daquilo que estava precisando naquele momento. O fogo que corria por suas veias pedia por mais.

- Obrigada! – Ela conseguiu sussurrar. – Obrigada por tudo, meu príncipe. Obrigada por me encontrar, obrigada por...

- Não precisa agradecer, senhorita. Não precisa...

Mas antes que ele pudesse terminar a frase, Evangeline tomou a boca dele na sua.

Isso! Era disso que precisava!

Nunca tocara ninguém com tanta urgência. O beijo estava sendo selvagem, quente e feroz. Era exatamente disso que Evangeline estava precisando para aquecer sua alma, seu coração.

Suas mãos corriam por toda a extensão do abdômen do lorde, sentindo cada músculo com relutância. Mas não era o suficiente. Precisava sentir além. Precisava sentir a pele, sem as roupas. Por isso tirou com selvageria o casaco que ele estava usando e começou a desabotoar seu colete. Eva não se preocupou nem por um segundo com modos ou decoro, muito menos se seriam pegos ali. Sabia que isso não aconteceria porque cavalgaram por tanto tempo que sabia que estavam seguros ali no meio daquelas árvores solitárias.

LIBERTE-MEOnde histórias criam vida. Descubra agora