Festa

19 2 0
                                    

Sophie

Já se passaram dois dias desde a noite da balada, portanto hoje é o aniversário do Thomas, me pego olhando para o conjunto estendido na cama que comprei para ele, o guardei até hoje, uma parte minha meio que esperava que nós voltassemos, mas eu não posso voltar atrás na minha decisão de seguir com a minha vida, o difícil é Thomas ficar me seguindo, começo a pensar em uma forma de sair da cidade, mas por agora a única coisa que faço é pegar o terno e sapato, e os separo para a doação, vou até minha varanda e olho os carros se movimentando como loucos logo abaixo e decido sair para qualquer lugar.

Thomas

A festa do meu aniversário está acontecendo já há quase uma hora e até agora Sophie não chegou, por mais que eu odeio pensar que Alex e Sophie podem estar juntos, quero que ele a tenha convencido a vir, pois é mais uma chance que tenho de conquistá-la, depois de vinte minutos Alex chega desacompanhado me deixando desanimado.

-Pensei que viria com Sophie.

-Depois da balada nós só conversamos por telefone e não tocamos nesse assunto.

Sorrio ao ouvir que eles não se viram mais, talvez aquele beijo não tenha significado nada.

-Ah bom.

-Thomas acho que Sophie não vai voltar para você.

-E com que certeza você diz isso?

-Nenhuma certeza, só acho que você pisou na bola feio com ela.

-Hum, meu amigo não interfira no meu relacionamento.

Saio e dou uma andada por todo o lugar conversando ocasionalmente com várias pessoas, emburrado por não ter a companhia de Sophie, estava distraído quando Hanna chega por trás me surpreendendo.

-Oi meu amor.

-Não Hanna pare com isso.

-O que foi? Sua garota não está aqui mesmo, e de qualquer forma dúvido que vocês voltem.

-Não estou interessado na sua opinião.

-Não seja rabujento e me espere, estou de salto.

-Se for para me encher o saco prefiro que fique longe.

-Ai Thomas se você realmente gostasse dela não a teria traído, ainda mais comigo.

Essa fala da Hanna me deixa extremamente nervoso, então eu me viro para ela, seguro seu braço com força.

-Não quero mais ouvir o nome ou qualquer coisa relacionada a Sophie saindo da sua boca.

A solto depois de falar, viro as costas, saio andando, e percebo que Hanna decidiu não me acompanhar, um fato que eu agradeço pois ela está insuportável. Depois de mais uma hora que se passa me aproximo de Alex novamente.

-Se divertindo?

-Sim, mas poderia estar melhor.

-Melhor tipo nos braços de Sophie?

-Você está insinuando algo?

-Acho que ver um beijo, já me foi o suficiente para achar algo de vocês dois.

-Thomas por favor pare com isso.

-Ande logo Alex me responda!

-Abaixe o tom Thomas, eu não vou ficar aturando seus xiliques, e por mais que eu não devesse falar nada, pois você não é dono da minha vida. Eu e Sophie somos amigos, e se eu fosse você eu não me aproximaria dela, pois não quero você a magoando de novo.

Alex diz e sai logo em seguida sem me dar chance de dar um soco bem no meio da sua cara, mas pelo menos não serei obrigado à ver a cara dele por aqui.

*Alex

Saio da festa sem paciência nenhuma, penso no que fazer, lembro de Sophie e mando uma mensagem.

"Oi fazendo algo de bom?"

"Não muito e você?"

"Menos ainda, podíamos nos ver"

"Acho uma boa idéia, estou no parque em frente ao shopping"

"Já já te encontro"

Entrei no carro e dirigi durante vinte minutos até a praça, estacionei e andei pelo local buscando por Sophie depois de quase dez minutos, a vejo sentada em um banco debaixo de uma árvore, ela me vê acena e eu vou ao seu encontro.

-Que bom que está aqui.

-Eu que agradeço você ter topado me ver, a festa do Thomas estava horrível e ele impossível de se falar.

-Ele é impossível de se relacionar, mas não quero falar dele e sim de você.

-Eu?

-É você, já decidiu quando vai embora.

-Ainda não, anda querendo me expulsar?

-De jeito maneira, você é a melhor coisa que me aconteceu à um bom tempo, me sinto bem quando estou com você.

-Parece que você me descreveu por inteiro, você é tão mágica e especial.

-Que demais, acho que há um bom tempo ninguém me fazia um elogio dessa espécie.

-E eu nunca fui considerado somente uma companhia boa, sempre havia segundas intenções.

-Quem manda ser bonito.

-Não seja por isso você é maravilhosa. Olha você voltaria para Londres comigo?

-Ah não sei.

-Não quero te pressionar a nada.

-Eu adoraria, mas tem o meu emprego, eu teria que arrumar uma forma de me manter.

-Eu poderia te indicar na empresa em que sou sócio.

-Seria maravilhoso, mas não quero ficar devendo nada à ninguém.

-E não vai ficar, já indiquei algumas pessoas e isso não me custa nada, só preciso do seu currículo.

-Não sei como te agradecer tudo o que eu preciso é sair daqui.

-Não precisa agradecer, fico feliz em poder tê-la por lá.

-Vou fazer isso o mais rápido que eu puder, com isso eu terei que viajar para Londres, mas logo voltarei com uma resposta.

-Você não acha que as coisas estão acontecendo muito rápidamente?

-Acho que ao contrário disso, estamos aproveitando cada momento ao máximo.

-É tem razão é que estou meio insegura com isso tudo.

-Eu te compreendo, me sinto totalmente extranho com você, mas é um extranho bom, você me faz pensar e agir diferente.

-Eu não tenho esse poder.

-Acho que tem sim, feiticeira.

-Só se for a escarlate.

-Mellor ainda, é minha feiticeira favorita.

-Como fizemos para acabar falando de feiticeiras?

-Não faço a mínima idéia, quando estou com você o tempo voa, perco totalmente a noção de horas.

-Acho que precisaremos de um alarme então.

-Creio que sim.

-Você tem família em Londres?

-Não, todos moram aqui no Brasil, porquê?

-Você parece o tipo de cara desprendido de tudo inclusive família.

-E isso é ruim?

-Não exatamente, as vezesé bom tomar distância das pessoas e ficar a sós para pensar.

-Ufa, que bom que não me julga.

-Não tenho o direito de fazer isso.

ATRAENTE REPULSIVOOnde histórias criam vida. Descubra agora