Capítulo 59

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Eu podia ouvir sua voz e a de Pedro próximas a porta.

- Me deixe trabalhar ou chamarei os seguranças!

Falou Ricardo entrando. Pedro entrou logo atrás resmungando.

- Como está senhor Tiago?

Não o respondi

Ele se aproximou da cama. E foi retirando meu coberto, relutei.

- Tenho que examina lo, com licença.

- Não me toque!

- Está vendo?! Ele não quer sua presença!

Vi sua respiração nervosa, tensa, ele olhou no fundo dos meus olhos, contendo uma certa tristeza, respondeu ao Pedro, olhando para mim.

- Ele não tem o que querer, sou apenas um profissional da área médica, examinando um paciente que acabei de salvar de uma parada cardíaca.
Por tanto, apenas relaxe, senhor  Tiago.

Eu virei meu rosto para a janela. 

Ele tocava meu corpo suavemente, parecia não querer causar dor...

- Doi se aperto?

- Sim.

- Temos de fazer alguns exames de imagem...

- Eu gostaria de comer...

- Ainda não pode, você teve perfurações no intestino... infelizmente não pode comer nada ainda, passou por várias corurgias, ficou muito tempo se alimentando por sonda, so poderá comer após esses exames, e mesmo assim, vamos liberar alimentos, pouco a pouco, pra termos certeza de que ...

- Você me deixou pra morrer, porque se importa?

Ele parou de falar olhou pra mim, suplicante.

- Eu voltei! Mas já havia acontecido! Me perdoe?
Por favor, não há um dia em que não pense nisso... por favor me perdoe, se eu...

- Não, nunca...

Ele engoliu em seco as palavras, eu não sentia nada, apenas o prazer de ver a dor que o meu não causava a ele...

Ele iria rastejar, todos eles iriam...

Proibido DesejarOnde histórias criam vida. Descubra agora