Capítulo 13

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Era delicioso, seu beijo era delicioso...

Melhor do que imaginava... Eu estava completamente excitado...

Enquanto eu o beijava podia notar, seu folego sumir, queria beija-lo até não poder respirar mais, sufoca-lo com essa excitação que me consome cada vez que me aproximo dele.

Queria mais...

Comecei a descer minhas mãos pelo seu corpo, ele tentou reagir... inutilmente...

Queria devora-lo, passei a beijar fortemente seu pescoço, seu cheiro, viciante.

Deus, estava louco... 

O que eu estava fazendo, tinha um homem em meus braços.

Eu o estava beijando com tanta sede, que não me reconhecia, eu queria devora-lo.

Sua pele, seu cheiro, seu sabor...

Eram todos maravilhosos, a textura de seu lábio, quente e tremulo...

Eu beijava seu corpo, apertava -o contra o meu, era meu instinto.

Meu desejo mais profundo, o desejo que eu proibia, que existisse.

Eu não posso continuar...

Onde está minha razão?!

Pude sentir seu corpo tremer.

  - Não, por favor, me solta...  O ouvi sussurrar.

O olhei, ele estava apavorado, seus olhos molhados logo me fizeram voltar a realidade.

E a realidade era bem menos excitante.

Um cadáver no chão, um homem com rosto ensanguentado, praticamente nu, amarrado e apavorado em meus braços. O homem que eu desejava, sentia apenas  horror perto de mim.

- Está com medo de mim?!
Sorri.
-Sempre está!

O larguei.

Ele parecia assustado e confuso, tanto quanto eu...

Ele ainda limpava seus lábios quando me virei.

-Esqueça isso! Falei de maneira agressiva retirando suas mãos de seus lábios.

Ele me olhou confuso.

Eu então o ignorei, preciso apagar esse desejo.

Vi um carro se aproximando, era Pedro deixando Marco.
Ao  me verem desceram do carro correndo e vieram em minha direção.

- Meu Deus! Gritou Pedro, ao ver o homem caído.

- Tico! Correu Marco para ajudar o irmão.

-Está morto?! Falou Pedro olhando para o homem caído. 

-Sim! Respondi.

Pedro ao ver Tico ainda preso, correu até ele e ajudou Marco a Solta-lo.

- O que aconteceu? Está machucado? Perguntava Pedro

- Não ... 

-Esse é um dos caras que brigamos hoje! Exclamou Marco.

-Quando cheguei estavam roubando a carga e tentando violentar o seu irmão, pra nos deixar um recado. Então eu o matei, com a arma deles, os outros fugiram, se não, eu os mataria também. 

Pedro e Marco me olhavam assustados.

Eu não consegui disfarçar a frieza, a vontade que tinha de matar, e não estava nem ai...










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