Capítulo 18

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Quando voltei ao carro, Tico estava tranquilo e quieto. O encarei mas ele não dirigiu seus olhos pra mim. Eu então me aproximei dele o que o deixou levemente nervoso.
Estiquei meu braço e arrumei o retrovisor.
Óbvio que ele entendeu que eu sabia que ele nos  observará.
Durante o caminho pensei que Tico não fosse falar nada mas ele quebrou o silêncio.

- Muito bonita a Ana.

- Sim muito...

Não dissemos mais nada, assim que estacionei o Naldo veio até nos correndo.

- Fez o que tinha de fazer?

Tico fez que sim com a cabeça. Ainda assustado.

- Então termine a carga.

Tico o olhou espantado.

- O que foi? Pensou que eu iria deixar teu irmão terminar um trabalho que é seu?! Vá logo.

- Sim senhor.

Tico então foi em direção a carga.

Naldo ficou me encarando...

Parecia esperar uma reação minha, mas eu entrei no carro e fui para casa, já havia arrumado muita confusão por causa de Tico, preciso me afastar...

Comi, tomei banho, dormi um pouco, umas  duas horas, acho. Mas foi o suficientemente pra mim.
Comecei a me arrumar, um cinema seria ótimo...

Peguei o carro novamente, iria ver a ruiva mais linda da cidade...

E Hoje ela iria dar pra mim.

Quando ia passando pela casa do Tico. O pude ver trabalhando com muito esforço,  e nitidamente cansado, ele ainda descarregava as sementes.

Chega! Isso não era problema meu! Assim como o fato dele dar para outros homens também não era! Esse mentiroso! Não é gay! E porque ele defende quem está fazendo isso com ele?! Será que ele ama essa pessoa?

Pude ver pelo retrovisor que ele acompanhava minha partida.

Proibido DesejarOnde histórias criam vida. Descubra agora