Capítulo 12

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Aquele homem estava arrancando minha roupa, não era possível...

Eu tentava gritar, me mover, mas era impossível...

Ouvi ele desfivelar o cinto. O outro homem ria...

- Vou adorar fazer isso! E Você, mocinha, vai contar pro seu irmão, não vai?! Sussurrava.

-Depois eu quero brincar um pouco, também!

Disse o outro homem, 

-Todos! Quero que todos brinquem... Você não quer? 

Tentei reagir com mais força, ele então travou meu quadril passando o braço com força em volta da minha cintura... Eu não conseguia mais me mexer, estava perdido...

-Relaxa, ou a dor será pior!

Ouvi então, um barulho forte, o homem que segurava meus braços caiu...

Uma voz forte gritou.

- Posso brincar também!!!

E um pedaço de pau, acertou o outro homem em cheio no peito, mesmo cambaleando se afastou.

Era Ricardo, que ao notar que o homem estava zonzo se aproveitou e pegou sua arma.

Apontou para eles.

O homem que havia perguntado meu nome se ergueu rapidamente, a zonzeira parecia ter passado, já o outro ainda estava no chão atordoado.

- Quer dizer que gosta de brincar?

Gritava Ricardo, seus gritos fizeram os outros  três homens aparecerem...

-Eu gosto de brincar... só que minha brincadeira é diferente, tem que ter sangue, e ele tem de  jorrar, puxou o homem que estava caído no chão pelo cabelo. Colocou a arma na cabeça, dele.

- Não, Cara! Não...deixa quieto, estamos indo embora...

- Indo embora? Mas agora que a brincadeira começou? Atirou, e continuou segurando o corpo do homem pelos cabelos apontando a arma para outro.

  Assustado, senti um liquido quente expirar em meu rosto,  era sangue.

Os dois homens que roubavam as sacas, correram, e outro ainda em choque olhava o corpo balançar.

- E ai quer brincar comigo?

O homem se recompôs, nos jurou com o olhar  saindo rapidamente, entendendo, que aquela ele havia perdido. 

Eu sentia muita dificuldade de respirar, estava apavorado. Ricardo soltou o corpo, que caiu ao meu lado, e veio em minha direção.

Se já me sentia indefeso perto dele, naquele momento estava mil vezes pior. Com mãos e pés amarrados, boca amordaçada e semi nú...

Deus, preciso respirar, não consigo...não consigo respirar...

Ele se abaixou, olhava fixamente nos meus olhos, sua frieza era impressionante, seu olhar não refletia um pingo de piedade, pela vida que havia acabado de tirar, sua respiração estava tranquila, assim como a voz que dirigia pra mim.

- Você me fez um assassino...

Ele aproximou seu rosto do meu...

- Acho que minha alma merece consolo. 

Falou soltando a mordaça da minha boca, mal pude responder pois seus lábios já tocavam os meus...

Aquele monstro estava me beijando?!



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