Proibido Desejar

Capítulo 9

Foi impossível não me atrair por Ana.
Inteligente, bonita, divertida.
Estudou psicologia na USP, já viajou para diversos países.

Consegue manter uma conversa altamente interessante, por mais de 10 minutos...Incrível!

Como essa mulher, veio parar nesse fim de mundo?!

- E como você veio parar aqui Ana? Perguntei

- Minha madrinha, é a mãe da Maria. Nos conhecemos desde criança!

Coitada, tinha de ter um defeito, ter essa gente como parente.

-Nossa que bacana! Falei tentando sorrir para Maria.

A noite seguia fabulosa, algumas taças de vinho. Toda mulher fica fácil, com duas ou mais... 

Pensei, que assim faria Ana se despedir, com no minimo um beijo, e quem sabe, uma calcinha no bolso. Mas foi inútil, ela sabia beber! 

Certamente, as festinhas no campus haviam ajudado.

Sem ao menos um beijo fomos levar as moças em casa.

Pedro pegou o carro dele e seguimos para a cidade. Apos muitas investidas frustadas, ás deixamos.

- Nem um beijinho primo! Nossa, está tão fora de forma assim?!

Disse Pedro me zuando. Apenas ri, e respondi...

- Melhor, gosto do prazer na caça.

logo me veio Tico na mente, paralisei...

Era isso, sentia prazer na caçada, puro instinto...

Talvez, se a caçada terminasse, se eu conseguisse toca-lo, esse prazer seria alcançado e nenhuma sensação mais ele me traria, não teria mais graça, não tendo mais nenhum efeito em mim ... 

Como um gato sem fome, que caça um passarinho por puro prazer, só para ver a vida se esvair em suas patas, eu...eu queria, queria ver sua delicadeza se esvair nas minhas mãos... 

Congelei...

O que eu estou pensando?! 

Me proíbo!

Não!!! Me recuso, o que é isso, estou cogitando tocar um homem?! Não mesmo!!! Já basta o que aconteceu essa tarde, onde não consegui me controlar ...

- Que foi?

Perguntou Pedro me olhando.

- Eu estava só pensando...

-Sua cara, nossa, estranha! Gargalhou... 

-Vamos ao puteiro das Rosas?! Cortei sua Gargalhada

-Nossa? Assim? Na lata? Cara sou noivo agora!

-Mas não casado! Isso, pelo que sei, não é adultério!

Ele gargalhou, me olhou serio! Eu tinha um ar de desespero., e isso não é meu.

-Ana, dá um tesão né cara?! 

Ana...

-É! E aí? Vamos?! Preciso tirar ela da minha cabeça!

Ele sorriu...

-Viva as putas de consolo!!!

Viva...