Proibido Desejar

Capítulo 5

- O que eu estava pensando? Porque fiz isso?

Falava em voz alta, quando meu primo entrou.

- Pelo visto já fez besteira! Falou Pedro Sorrindo.

- Pedro!!! Exclamei e o abracei, senti uma suave alegria em revê-lo. Pedro de todos ali, com certeza era o mais próximo de amigo que eu conhecia.

- Como você está? Como foi a viagem? Falou alegre

- Foi tranquila!

- E pelo visto já chegou aprontando, o que você fez?

Friamente disse.

- Esse rapaz, rasgou minhas malas, me descontrolei...

- Sempre nervosinho! Zombou de mim  - Por isso que ele estava ai fora daquele jeito, parecendo um gato assustado. Riu, mas logo veio em tom defensor. - Mas ele é um bom rapaz Ricardo, peço que tenha um pouco mais de paciência, te arrumo outra mala.

- Não, esquece... e você Santo Antônio, casamenteiro? Trouxe a Moça?

Pulou de animação, e correu para falar no meu ouvido como se estivéssemos acompanhados de uma multidão e que ninguém pudesse nos ouvir.

-Cara, ela está lá em baixo, por isso se troca e vamos lá pra vocês se conhecerem.

Enquanto eu me trocava, ele falava dela, de como era bonita, estudiosa, que era doutora...

enquanto falava diversas coisas, minha mente, só pensava no acontecimento anterior a sua chegada.

 A Ideia de despir Tico, de tocar seu corpo não sai da minha mente...Eu só podia estar louco.

Isso era assustador pra mim, ao mesmo tempo que era exitante, eu nunca senti isso. Eu...

Eu tive poucas vezes a sensação de possuir sentimentos por algo ou alguém, eu sempre me achei diferente, até especial, por não ter elo afetivo com nada... Por não chorar vendo um paciente morrer, nos primeiros dias de residencia medica. Diferente de meus colegas que sofriam com cada história. Eu gosto de ser insensível

...preciso encontrar meu eixo, preciso me afastar dessas sensações... 

Preciso me afastar desse rapaz  ou vou fazer alguma besteira...

Preciso Conhece-la.

- E qual é mesmo o nome dela?

- Ana...

- Ana. Lindo nome.