Capítulo 42

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Assim que voltei com o carro Titia e eu o levamos para a casa grande, com ajuda dela, o subi para o meu quarto sem que ninguém nos visse.

O colocamos na cama.

E o cobrimos.

- Qual sua idéia?

- Vamos dizer que o mandamos para um curso de jardinagem na cidade...
Enquanto isso eu faço o tratamento dele em casa.
E depois vemos o que podemos fazer... talvez mudar ele para um quarto de empregada, aqui na casa grande... com a desculpa de e que a senhora precisa muito dos seus serviços ... ou qualquer desculpa desse gênero.
O importante é manter ele longe do pai.
E perto de nos.

Ela sorriu me olhando.

- Sempre falavam pra mim que você era muito frio, sem amor.
Mas você é como seu pai, meu irmãozinho... Tem um grande coração. Só não quer demonstrar... Acha que é fraqueza.

Sorri envergonhado.

- Talvez eu seja mais frio do que pensa.

- Ou mais amoroso...
Querido, o que faço pra ajudar?

- Precisamos de água quente e pano pra limpar as feridas, e anti-séptico. Pra não infecsionar. E... vou fazer uma lista de medicação pra que a senhora peça aos empregados.
Pelo que examinei não há tralmatismo, creio que logo acordara.

- Vou buscar panos e um bacia, podemos usar a água quente do seu chuveiro.

Saiu rapidamente quicando, e chaqualhando seus enormes seios...
Ver aquela figurinha sendo minha cúmplice, era até engraçado.

Não demorou, ela voltou,

- Trouxe tudo.
Disse molhando a limpando os panos, assim que limpavamos as feridas seu rosto contorcia de dor, mas não o fazia acordar...
Espirava o antisséptico e em algumas feridas mais profundas colocava pontos falsos com esparadrapos.
Assim que terminamos, peguei um moletom antigo e o vestimos.

Seu rosto também tinha alguns ematomas, na boca e no supersilios.

Titia buscou um colchão do quarto ao lado para que eu usasse.

Passei praticamente todo o dia no quarto até que Titia chegou com a notícia.

- O bêbado esta la embaixo, com o Marco, querem falar com você.

- Cuide dele tia.
Vou falar com eles.

Desci as escadas e eles me aguardavam na sala, segui para a porta do escritório sem olhar para eles e pedi que entrassem.

Os encarei e perguntei.

- Em que posso ajuda los?!

- Tico estava resfriado hoje, e pedimos que não visse ao trabalho...

O interrompi.

- Mas ele esteve aqui hoje, e a meu pedido e de titia o mandei para a cidade.

- Ah, então ele estava bem? Perguntou Marco. Falou com ar de preocupação.

- Um pouco abatido pela violência da gripe... imagino.

Naldo me encarrou entendendo a leve indireta.

- Não esperem por ele, ele não voltará hoje. Consegui matrícula em um excelente curso de paisagismo, ele durará uma semana... Como a titia precisa arrumar o jardim com uma certa urgência para meu casamento, achamos que será um ótimo investimento.

Marco desconfiado falou.

- É que nossa porta estava com sinal de arrombamento...

Forçosamente fiz cara de espanto.

- E sumiu algo, roubaram coisas de valor? Pois se sim é necessário que chame a polícia, com a colheita acontecendo, há muita gente estranha na fazenda...

- Não sentimos falta de nada em particular...

Retrucou Naldo.

- Menos mal então, bom, se me dêem licença vou descansar um pouco.

Falei apontando pra porta.

Logo que saíram subi para o quarto.

Titia estava a velar o sono de Tico.

- Resolvido... acho que consegui o sossego da semana.

- Ótimo ...
Ah os remédios ja mandei comprar. Falou saindo

Assim que ela saiu, peguei meu celular e mandei uma mensagem para Ana...

- Amor estou exausto, podemos nos ver amanhã?

Ela questionou um pouco e relutou, mas depois tentou reverter, causar ciúmes.

- Sim podemos, vou aproveitar e sair com minha prima, ela vive chorando que a troquei por você.
Bjs

Tranquei minha porta arrumei o colchão perto da cama, e me deitei...

Eu toquei em suas mãos, elas estavam geladas. As segurei para esquenta las.

Eram pequenas, frágeis perto das minhas, apesar de sua áspera superfície, e machucados que não combinavam com ela.

Dormi.

Proibido DesejarOnde histórias criam vida. Descubra agora