Base Secreta O.S.F.
(Algures no meio da Antártida )
De dentro do Helicóptero não se sente o frio que faz do outo lado da estrutura mecânica e também não se tem noção da localização exata de onde estas pois a vista é totalmente branca e sem algum sinal de vida.
- Oi, já faz mais de duas horas que estamos aqui dentro deste helicóptero e eu só vejo neve para qualquer lado que eu olhe. De certeza que não estamos perdidos?
Olho para a figura que está sentada ao meu lado. Arian Drater, meu irmão gémeo, portador de uma das 6 esmeraldas de Vorgen, a esmeralda verde. Nós os dois fomos recrutados pela O.S.F pela nossa capacidade de luta. Sendo filhos de um general de guerra e com mutações poderosas em nossos corpos foi nos dada a missão de carregar duas das esmeraldas Vorgen.
Arian tem o cabelo branco como a neve e olhos dourados que foram consequência da mutação que o transformou num ser com um poder incrível para ser indestrutível, não sentir dor e regenerar-se em minutos, e com a ajuda da esmeralda ele consegue curar outros regenerando o corpo deles, e usar psicocinese.
- Paciência não é o teu forte pois não Arian?! Tem calma e confia nos pilotos. - eu respondi sem mesmo olhar para ele.
Pelo vidro do helicóptero via-se a minha imagem refletida. Uma miúda de 19 anos com o cabelo cinza escuro e com os olhos prateados. Eu com a mutação recebi a habilidade de ter os meus sentidos mais apurados que qualquer ser vivo no planeta, ou seja a visão, o olfato e a audição melhorados e ainda com o estranho poder de conseguir controlar o elemento da Água. Também sou um dos poucos humanos com QI elevado.
- Ei, achas que finalmente vamos conhecer o tão famoso Galye? Como será que ele é na vida real?
- Arian, nemos perguntas okay. Eu não tenho resposta para tudo aquilo que tu perguntas.
O meu irmão é porreiro mas ás vezes irrita-me o facto de ele ser desnaturado e tão descontraído. Quer dizer nós estamos no meio de uma guerra e ele quer um autografo de um cientista famoso. Neste momento não existe tempo para adorar um ídolo, aliás muitos dos que conhecíamos devem de estar escondidos nos famosos abrigos subterrâneos, a beber e a rir, se os Vorgen ainda não os tiverem descoberto. Para minha sorte o copiloto avisou que íamos fazer a descida para a base e que podíamos olhar pela janela.
Ao principio na superfície não se via nada para alem de alguns contentores espalhados por uma vasta área e claro alguns cientistas por ali a passear. Digamos que a primeira impressão que tive me desapontou, até que o helicóptero começou a ir na direção de uma pequena elevação totalmente feita de gelo. O Arian apertou a minha mão com muita força quase partindo os meus dedos.
Por momentos pensei que o Helicóptero se iria despenhar contra o gelo mas só quando chegamos relativamente perto é que reparamos numa enorme comporta feita de metal.
- Uma comporta secreta para uma base secreta. Parece mesmo saído de um filme de Ficção Cientifica. - o Ares riu-se como senão houvesse amanhã.
Entretanto o helicóptero pousou e fomos obrigados a sair. Por nós, esperavam duas pessoas vestidas com a farda da força militar.
- Saudações Gémeos Drater, eu sou o General Lux e o meu colega é o Sargento Apollo e nós iremos acompanhar-vos até á sala de controlo onde os outros 4 agentes os esperam. Sigam-nos por favor.
Seguimos então o General e entramos num jipe, que arrancou quase logo de seguida. Entramos num túnel feito de betão e durante aproximadamente 10 minutos viajamos dentro dele. Quando finalmente chegamos ao fim do túnel o que eu vi foi de cortar a respiração.
A Base era uma cidade enorme totalmente subterrada por camadas de gelo no meio do Antártico. Uma cidade totalmente autossuficiente.
- O meu deus! - exclamou o Arian ao meu lado - Ares isto é um máximo.
Por mais que eu não quisesse dizer eu tinha de admitir, eu estava á espera de uma base antiga a cair aos bocados e feita de madeira, tal como os contentores que eu tinha visto na superfície. Mas afinal tenho que dar os créditos á pessoa que inventou a frase "Não julgues o livro pela capa" , acho que eu subestimei demasiado o famoso Galye.
O nosso jipe segui por uma estrada que passava exatamente por cima da cidade providenciando uma excelente vista e pela primeira vez fui capaz de me sentir humana. A cidade refletia tudo aquilo que a humanidade era antes dos Vorgen aparecerem.
O nosso jipe nos levou a um edifício de vidro que continha as ultimas espécies de plantas e arvores do mundo inteiro. Poderíamos dizer que aquele lugar era um enorme oásis.
-O ultimo jardim da humanidade, e nós entramos nele, eu não posso acreditar. - O meu irmão pula de felicidade ao meu lado. Por mais que eu ache que ele é um desnaturado e um cabeça oca, tenho de concordar que ele tirou as palavras da boca a toda a gente. O ultimo jardim da humanidade estava á nossa frente e nós tínhamos o dever de o proteger como legado daquilo que um dia já foi a nossa casa e o nosso planeta.
Distraídos com a beleza do jardim, não dê-mos por ela do jipe parar e de o General Lux estar a olhar para nós.
- Vejo que se distraíram com a beleza do jardim, mas um conselho meu é que não se habituem a distrair-se muito. Temos uma missão e precisamos que vocês a cumpram e não é permitida margem de erro.
O General Lux falou e eu olhei diretamente para ele. Se á coisa que eu sei é que o mínimo erro e os Vorgen apoderam-se do planeta inteiro e de tudo o que nele existe incluindo todos os sobreviventes desta guerra fria.
Pelo canto do olho noto o meu irmão a mexer os lábios. Não gosto dele, disse-me ele. Bem uma coisa é certa, nós estávamos em guerra mas isso não fazia dois adolescentes virarem robôs e armas de batalha. O modo frio da voz do General Lux fazia estremecer até os ossos.
Seguimos o General, por entre o jardim, até um casarão de luxo. Eu e o Arian olhamos um para o outro estupefactos com aquilo. O Casarão era enorme e a sua estrutura ajudava-o a se misturar com o jardim.
- Irmãos Drater, esta será a base da missão e o lugar onde ficarão até serem direcionados para o terreno. Lá dentro encontrarão os outros 4 soldados á vossa espera. - A voz fria do General Lux ecoou.
- Estão á espera do que?! Entrem e divirtam-se! - Falou pela primeira vez o Sargento Apollo enquanto abria as portas da casa.
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White Emerald
Teen FictionHumanos sempre acreditaram que existe vida para além da que nós conhecemos aqui no planeta terra, e com essa sede de conhecimento a humanidade evoluiu para um estado em que já não havia volta atrás. Construímos naves espaciais. Mandamos um cão á Lu...